Amigos de infância - fanfic de Skip Beat

Oi pessoal! 

Fazia tempo que eu não postava uma nova fanfic de Skip Beat por aqui, né? 

Esta será a primeira de 2013 (Ebaaa \o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/)

Amigos de infância é uma fanfic que explora a relação de Shotaro e Kyoko quando ambos tinham treze anos de idade (que eu me lembre, os dois possuem a mesma idade, por favor, me corrijam se eu estiver errada). O enredo dessa fanfic foi um dos primeiros que eu criei algum tempo atrás (depois de Princesa das fadas), porém, ao começar a escrever essa fanfic, acabei desistindo por que achei que ela não seria muito bem recebida pelos shippers de Ren e Kyoko. 

Porém, recentemente resolvi "desenterrar" esse enredo e continuar escrevendo essa história, afinal, quem está acompanhando o mangá Skip Beat, sabe que a Kyoko está se aproximando cada vez mais do Ren [spoiler] No capítulo 199, ela parece que finalmente se dá conta de que está apaixonada por ele, só nos resta saber se ela vai "assumir" seus sentimentos ou fugir [fim do spoiler]. Então eu pensei: Se no mangá Kyoko e Ren estão começando a se entender, que tal fazer uma fanfic para os shippers de Sho e Kyoko?

E não se enganem com as minhas belas fanfics de Ren/Kyoko, pois eu também sou uma shipper de Sho/Kyoko. Sei que a "audiência" prefere Ren e Kyoko, por isso eu escrevo mais fanfics envolvendo esse casal rsrs

Bom, mas vamos logo ao que interessa:

Disclaimer: Os personagens, cenários, enredos e situações familiares referidos são de Skip-Beat!, mangá de autoria de Yoshiki Nakamura. Essa história não possui fins lucrativos.

Capítulo 1

O despertador amarelo se encontrava espatifado no chão, e já havia levado tanta pancada que os ponteiros do relógio estavam tortos, porém, ainda se moviam, fazendo-se ouvir um leve tic-tac fora de ritmo. Metade do cobertor mantinha-se em cima da cama, enquanto a outra metade arrastava-se pelo chão do quarto, que estava tão bagunçado que não havia um só lugar onde não houvesse brinquedos espalhados, instrumentos musicais desmontados, folhas de papel amassadas e jogadas de qualquer jeito em baixo da cama, e até mesmo roupas sujas sobre a cadeira da escrivaninha. Esse era o quarto de Shotaro, um garoto de 13 anos. Seus pais eram donos de um dos hotéis mais tradicionais de Kyoto, no Japão, e ele, ao que tudo indicava, seria a ovelha negra da família, pois não se interessava por nada que estivesse relacionado ao hotel, pelo contrário, seus pensamentos e sonhos mantinham-se voltados para o mundo das celebridades, que conquistaram fama e prestígio através de sua beleza e talento. Apesar de ser filho único, Shotaro sempre teve a companhia de uma garota de sua idade, Kyoko, uma menina que foi abandonada pela mãe quando tinha apenas seis anos de idade. Ela, definitivamente, era alguém que ele nunca quis em sua vida, pra falar a verdade, ela era apenas uma intrusa em sua família.

Ao contrário de Shotaro, a jovem Kyoko acordava cedo, e logo no início da manhã, corria direto para a cozinha e ia ajudar a dona do hotel a preparar o café da manhã para os hóspedes. Todos os dias eram assim, e com certeza a jovem Kyoko teria mais um dia cansativo pela frente. Porém, de forma alguma a menina poderia reclamar, pois os pais de Shotaro já estavam tomando conta dela há muito tempo, e essa era a única forma que ela encontrou para retribuir seus cuidados.

Kyoko estava na cozinha descascando batatas, e de repente, a senhora do hotel (mãe de Shotaro) apareceu, vestida em seu kimono elegante e florido, com um sorriso falso no rosto, e como sempre, parecia uma boneca de luxo com expressões puramente artificiais.

-Kyoko-chan. – falou a mulher com sua voz suave e polida. - Querida, você poderia, por favor, ir até o quarto de Shotaro e acordá-lo para mim? Eu já tentei despertá-lo, mas ele insiste em continuar deitado naquela cama! –ela exclamou, mas não parecia estar preocupada ou brava com a situação, apenas mantinha aquele sorriso artificial no rosto.

Há anos Kyoko não entrava no quarto de Shotaro sem antes pedir sua permissão. Quando eram crianças, os dois costumavam brincar juntos no quarto dele, e a garota entrava e saía daquele cômodo quando tinha vontade. Porém, à medida que o tempo foi passando, o garoto foi se sentindo cada vez mais incomodado com a presença dela em seu quarto. A princípio, Kyoko não entendia o motivo de toda aquela irritação por parte dele, mas depois, ela se deu conta de que ambos estavam tornando-se adultos e que não podiam invadir a privacidade um do outro.

Kyoko olhou para a mulher de um jeito envergonhado, porém, infelizmente não havia como recusar o seu pedido.

-Sim senhora. –respondeu a garota num sussurro quase inaudível, que foi entendido apenas pelo fato de ela ter assentido com a cabeça.

A menina largou a faca e as batatas, e saiu a passos lentos pelos corredores do hotel, onde fez uma curva à direita, e outra à esquerda, e mais outra até chegar ao corredor onde ficava o quarto de Shotaro.

Kyoko hesitou antes de bater na porta. Porém, respirou fundo e bateu levemente, mas não obteve resposta. Ela insistiu, bateu mais forte e mesmo assim, ainda não conseguiu obter resposta alguma. Sabendo que poderia ficar ali por horas esperando um sinal de vida daquele garoto, ela finalmente tomou coragem e segurou a maçaneta da porta para abri-la, mesmo que sem permissão do dono do quarto.

-Sho-san, estou entrando...

Ao abrir a porta, a garota se deparou com um mar de coisas espalhadas pelo chão, e assim como fazia quando entrava no quarto dos clientes do hotel, ela foi juntando os objetos, um por um, pegando os papéis amassados e jogando-os no cesto de lixo, organizando tudo e tentando abrir caminho até a cama de Shotaro.

-Sho-san, sua mãe me pediu para acordá-lo, pois já são quase 11 da manhã... –falou a garota com uma voz mansa, olhando admirada para os cabelos rebeldes de Shotaro, que insistiam em reluzir com a fraca iluminação vinda da fresta da porta.

Shotaro mantinha-se imóvel na cama, seus roncos ecoavam pelas paredes do quarto.

-Sho-san, é hora de acordar...

Kyoko não se deu por vencida e abriu as cortinas da janela, deixando a luz ofuscante do sol entrar, e continuou falando, porém, a única reação do garoto foi um movimento de braços seguido de um gemido de reclamação, e logo voltou a ficar imóvel.

A garota já estava perdendo a paciência diante daquela situação, e como Shotaro não queria acordar de jeito nenhum, ela resolveu tomar medidas drásticas.

-Sho-san, sei que você não vai gostar nada do que eu vou fazer agora, mas...

Kyoko se aproximou da cama sorrateiramente e esticou seus braços na direção do abdômen do garoto, puxando os lençóis e fazendo-lhe cócegas.  Ela sabia que a reação de Shotaro não seria das melhores, mas não esperava que sua atitude fosse lhe deixar tão embaraçada. O garoto a puxou pelo braço de uma forma tão brusca que ela acabou sendo jogada em cima da cama, e os dois ficaram tão próximos um do outro que a garota podia até sentir o calor do corpo dele.

-Sh... Sho... Sho-san me desculpe, eu... –gaguejou Kyoko, tentando se levantar rapidamente da cama, com seu coração batendo muito forte, e sendo impedida por Shotaro, que continuava segurando seu braço e prendendo-a.

-O que está fazendo aqui? Eu já lhe disse mil vezes para não entrar no meu quarto sem minha permissão! –disse ele, encarando-a com um olhar irritado.

-Sua... Sua mãe me pediu... Ela me pediu para vir aqui e acordá-lo... – respondeu Kyoko, e seu nervosismo era tanto que ela já estava tremendo da cabeça aos pés.

Shotaro percebeu o quanto ela parecia incomodada com aquela situação e deixou transparecer um sorriso de satisfação.

-Não devia fazer tudo o que minha mãe lhe pede, e se eu estivesse sem roupas? –provocou ele, aproximando-se ainda mais da garota.

Kyoko ficou tão corada que suas bochechas queimavam como se estivessem em chamas. Porém, ela se recompôs e levantou-se da cama, enquanto Shotaro lançava sobre ela um olhar e sorriso zombeteiros.

-Já... Já que você está acordado, então eu vou indo! – falou Kyoko, abrindo a porta do quarto.

-Espera! –exclamou Shotaro.

-O que foi? –perguntou a garota.

-É... É que hoje à tarde eu vou ao Clube Negumo... Você sabe que eu não gosto de ir sozinho... Talvez você possa... –disse o garoto um pouco envergonhado, e logo sendo interrompido por Kyoko.

-Sho-san, não precisa me pedir para ir com você, eu sempre vou! Nós sempre vamos juntos desde que você começou a ensaiar nesse lugar! Não seja bobo, eu sei que você só estava brincando comigo! Não estou brava! –disse ela, sorrindo de uma maneira doce e gentil.

-Que bom... – disse ele, parecendo aliviado, e seu rosto estava um pouco corado enquanto observava o lindo sorriso da garota.

Negumo era um clube abandonado em que diversos aspirantes a artistas costumavam frequentar. Alguns instrumentos musicais e aparelhagem de som foram doados por empresas das proximidades, ficando à disposição de quem quisesse ensaiar para apresentações independentes, como algumas bandas, grupos musicais e artistas solos. Há três meses Shotaro começou a ir ao Clube Negumo, e ele sempre pedia a Kyoko que o acompanhasse, pois na primeira vez que o garoto foi até lá sozinho, os veteranos zombaram dele.

-O que você ainda está fazendo aqui? – perguntou Shotaro, enquanto Kyoko permanecia parada e ainda sorridente perto da porta.

-Hã? Eu? –perguntou a garota, que tinha esquecido completamente que estava prestes a fugir daquele quarto.

-A não ser que você queira me ver sem roupas, é melhor ir embora, pois vou me trocar agora! – disse ele, com um sorriso malicioso, levantando-se da cama e desabotoando os botões do pijama.

Kyoko arregalou os olhos e finalmente se deu conta de que ainda estava a sós com um garoto no quarto dele. Em questão de segundos, a porta bateu e a garota já estava longe dali, caminhando rapidamente pelos longos corredores e voltando à cozinha.

continua...



obs.: provavelmente o capítulo 2 vai demorar um pouquinho a ficar pronto, então tenham paciência, ok? rsrs

Até mais!