Olá gente! Como estão? Bem?
Desculpe pela demora na atualização do blog, mas como vocês já sabem, os trabalhos da faculdade tomam todo o meu tempo livre. Juro que tentei terminar a fanfic de aniversário "True Love of Mine", mas não tive tempo para escrever! Estou desesperada, pois já estamos em Maio e eu ainda não terminei o meu presente de aniversário de Abril.
Bom, como eu não tinha feito nada para postar nesse fim de semana, resolvi mostrar para vocês uma fanfic inacabada que eu fiz a algum tempo atrás. Essa fanfic, com apenas um capítulo, seria o início de uma longa história que contaria a aventura do filho de Harry Potter. Porém, eu acabei desistindo de fazer uma continuação para essa fanfic por que, como eu já disse aqui, é uma responsabilidade muito grande escrever alguma coisa a respeito de uma obra da qual eu sou muito fã. E esse é o caso de Harry Potter. Eu sou muito fã de J.K. Rowling e escrever algo baseado nas obras dela me deixa muito receosa (tenho medo de escrever alguma besteira e estragar uma obra tão prestigiada).
Antes de lerem a fanfic abaixo, não se esqueçam de que:
-Essa é uma história que se passa muitos anos depois da batalha em Hogwarts;
-Alvo Severo Potter é o protagonista;
-A fanfic deveria ter continuação, mas eu não fiz pelos motivos já explicados acima.
Capítulo 1 - Uma nova história
Era a primeira vez que o garoto
de 11 anos pisava nas redondezas de Hogwarts. Seus olhos claros não paravam de
correr de um lado para outro, e brilhavam de tanta alegria. Hagrid, com sua
assombrosa e espalhafatosa barba grisalha, conduzia os novos alunos, que tinham
acabado de sair dos pequenos barcos e se enfileiravam rumo aos grandes portões
da escola.
-Andem pequeninos! É por aqui!
–ordenou ele, enquanto procurava em meio a todas aquelas crianças os olhos
familiares que ele esperara muito tempo para ver novamente naquele lugar.
Hagrid sorriu e acenou quando
encontrou os olhos claros de Alvo Severo, algo que o menino havia herdado de
sua avó Lilian, mas que Hagrid reconhecia como sendo os olhos de Harry . O
garoto parecia um pouco assustado e ansioso, mas ainda assim, soube ser cortês
o suficiente para retribuir o cumprimento com um sorriso.
-É tudo como o papai dizia, não
é? - perguntou Thiago quando Alvo adentrou os portões de Hogwarts.
-Não, é ainda mais incrível!
–respondeu o garoto, olhando com fascínio para o teto enfeitiçado do salão e
depois tomando um susto com os fantasmas que voavam e atravessavam os alunos.
-Talvez seja melhor você começar
a fazer amizade com o Barão Sangrento, sabe, caso o chapéu seletor resolva te
mandar para a Sonserina! – provocou Thiago, com um sorriso zombeteiro.
-Eu não vou para a Sonserina! Não
vou, não vou! O papai me disse que o chapéu seletor vai levar em consideração a
minha vontade! – insistiu o garoto, olhando feio para seu irmão.
-Se o papai disse isso... Mas talvez ele só estivesse tentando deixá-lo
mais tranquilo... –debochou Thiago, e mesmo querendo continuar com suas
provocações, ele resolveu parar, pois Alvo já estava cabisbaixo como se a
qualquer momento fosse desabar em prantos.
Christina Rozel, a diretora da
Grifinória, conduziu os novos alunos até o chapéu seletor, que como de costume,
já se encontrava no salão, em frente a todos os outros estudantes que o observavam
atentamente e apostavam quais seriam os novos membros de suas casas. No centro
da grande mesa dos professores, estava sentada a diretora de Hogwarts, Minerva McGonagall.
Hagrid também acabara de sentar-se desajeitadamente ao lado de Magnólia Frusth,
diretora da Corvinal, e ainda observava Al com um sorriso cálido. ‘Ele
realmente se parece muito com o pai’ – disse em pensamento.
-Quando eu chamar seus nomes, por
favor, aproxime-se do chapéu seletor! – ordenou Christina, com seus pequenos
óculos retangulares escorregando pelo nariz. Suas vestes alaranjadas
contratavam com sua pele morena.
-Adan Flores! – falou ela em alto
tom de voz, e um pequeno garoto de olhos negros e cabelo castanho se aproximou.
Ao sentar-se no banquinho e colocar o chapéu em sua cabeça, depois de poucos
segundos, o chapéu ressonou altivamente: CORVINAL! E ouviram-se muitos aplausos
de boas vindas para o novo membro da casa.
A cena se repetiu mais três vezes,
até que a professora Rozel finalmente pronunciou:
-Alvo Serevo Potter!
Alvo estava tão perdido em seus
pensamentos que tomou um susto quando ouviu seu nome, suas pernas tremiam
quando ele se aproximou lentamente do chapéu seletor e seu coração foi a mil
quando a diretora da Grifinória o pôs sobre sua cabeça.
-Sonserina não... Sonserina
não... Sonserina não... – ele repetiu diversas vezes de olhos fechados, até que
o chapéu seletor começou a sussurrar.
-Humm... Você se parece muito com
o seu pai – disse o chapéu em tom de voz muito sério. – Porém... Eu sinto algo
diferente emanando dessa sua cabecinha... Algo que o faz querer ser
grandioso... -o chapéu fez uma pausa, e Alvo continuava de olhos fechados. - Talvez
seja o momento de “bagunçar” um pouco as coisas, afinal, uma nova geração traz
consigo uma nova história... E nenhuma história é igual à outra... –ao proferir
essas palavras, o chapéu completou em alto e bom som: SONSERINA!
Alvo arregalou os olhos e sentiu
seu coração quase saindo pela boca ao ouvir a palavra que ele menos queria
ouvir. Tudo ficou nublado. Seu pior pesadelo havia se tornado realidade. O som
de palmas invadiu seus ouvidos. O garoto levantou-se do banquinho, mas suas
pernas pareciam enrijecidas, como se não quisessem sair do lugar. Alvo foi
conduzido por outros estudantes até a mesa da Sonserina, alguns deles
estampavam sorrisos nos rostos e apertavam a mão do garoto, já outros não
pareciam tão felizes com o fato de ter um Potter como mais novo membro da casa.
-Seja bem-vindo, Potter! – disse
um garoto franzino de olhos azuis, estendendo a mão na direção do garoto. -Prazer
em conhecê-lo, eu sou Maicon Stuart, estou no segundo ano! - Al o cumprimentou
de maneira cordial, porém sem nenhum ânimo na voz. Logo depois, sentou-se e
pensou em dar uma espiada na mesa da Grifinória, mas resolveu não fazê-lo, pois
não queria ver o sorriso de “eu te avisei” de Thiago.
Enquanto Alvo sentia-se
totalmente perdido com aquela situação assustadora, o chapéu Seletor continuava
seu trabalho. Um garoto de cabelos castanho-escuros, olhos cor de mel e um
rosto angelical sentou-se no banquinho. Muitos minutos se passaram e o chapéu Seletor
parecia não conseguir decidir para qual casa esse garoto deveria ir. Todos se
deram conta de que a seleção estava demorando mais do que o normal. Professores
e alunos observavam atentamente com um olhar de curiosidade até que diretora da
Grifinória pediu que o chapéu se apressasse, pois ainda havia muitos alunos
novos para serem selecionados.
-GRIFINÓRIA! –falou o chapéu,
causando uma comoção fora do normal, já que todos estavam ansiosos para saber
qual seria a casa do menino misterioso.
O garoto se aproximou da mesa da
Grifinória e logo foi cumprimentado por Thiago, que lhe ofereceu um lugar bem
ao lado dele.
Alguns minutos depois, ouviu-se
novamente o chapéu seletor falar alegremente o nome da casa SONSERINA. Um
garoto de rosto familiar, cabelos loiros e olhos acinzentados andou em direção
a mesa, sentando-se ao lado Alvo Severo.
-Olá Potter, meu pai me falou
muito de sua família... –disse o garoto, com um sorriso de deboche. - Ele me
disse que eu não devo acreditar em tudo que ouço por aí... –provocou o menino,
e por fim se apresentou. - Eu me chamo Scorpio Malfoi, filho de Draco Malfoi,
meu pai me disse que ele e seu pai eram grandes amigos...
-Eles não eram amigos... Pode ter
certeza disso... –interrompeu Al, e seu semblante estava estranhamente sério e
irritado.
Scorpio o encarou aborrecido,
pronto para revidar com uma ofensa, porém, antes que ele pudesse dizer alguma
coisa, um pequeno aviãozinho de papel voou na direção de Alvo e pousou em cima
da mesa. Ele abriu o aviãozinho e no papel estava escrito:
Parabéns, Alvo! Tenho certeza que o papai e a mamãe ficarão muito
felizes em saber que você acaba de se tornar o primeiro sonserino da família!
ps.: Eu te avisei!
Thiago Sirius (seguido de um desenho de um bonequinho dando
gargalhadas)
Ao terminar de ler, o menino imediatamente
amassou o papel e suspirou com uma expressão de desgosto.
-Algum problema? –perguntou
Scorpio, observando o bilhete amassado na mão do menino e demonstrando
curiosidade.
Alvo desviou o olhar e não
respondeu a pergunta. Porém, depois de alguns segundos, encarou o menino de
olhos cinzentos e perguntou-lhe:
-O que o chapéu seletor disse
antes de te mandar à Sonserina?
Scorpio olhou-o com uma expressão
confusa.
-O que ele me disse? Dizer o quê?
Ele não me disse nada, apenas me colocou na Sonserina!
-E por que você acha que ele fez
isso?
-Hã? Isso não é óbvio? Está no
meu sangue! Minha família inteira foi da Sonserina!
-Então... Se é como você diz, por
que eu estou aqui? Minha família inteira foi da Grifinória!
-Eu não sei... Talvez esse chapéu
estúpido já esteja caducando...
Mesmo sabendo que o comentário
sobre o chapéu seletor havia sido desrespeitoso, Alvo não pôde conter um pequeno
sorriso no canto da boca.
-Scorpio Malfoi, isso não é coisa
que se fale! Sabemos muito bem que o chapéu seletor escolhe a casa levando em
conta diferentes critérios! – retrucou Maicon, olhando para o garoto com uma
expressão de poucos amigos.
Scorpio não se importou com a
repreensão de seu colega do segundo ano, e continuou encarando Alvo, sua
intuição dizia que aquele garoto, que estava ao seu lado, não era o idiota
arrogante, convencido e metido a herói como seu pai costumava dizer que todos
os Potters eram.
-Prazer em conhecê-lo, Potter!
–disse Malfoi, e estendeu a mão na direção de seu novo companheiro de casa.
Alvo observou aquela mão
estendida por alguns segundos, relutou em apertá-la, mas, por fim, estendeu sua
mão também, selando, mesmo que inconscientemente, um acordo de paz entre os
Potters e Malfois daquela nova geração.
Após a seleção de todos os
novatos para suas respectivas casas, Minerva McGonagall levantou-se de sua
confortável cadeira no centro da mesa dos professores e começou seu discurso de
boas vindas.
-Este é o meu décimo oitavo ano
como diretora de Hogwarts. –disse ela com um sorriso estampado no rosto. -Minha
felicidade é imensa ao ver novos e velhos alunos neste salão, todos juntos,
começando um novo ano letivo e compartilhando suas experiências, sem falar, é
claro, do grande comprometimento e competência dos nossos professores. –fez uma
pausa, e logo depois continuou. -Este ano, estaremos recebendo um novo
professor de defesa contra as artes das trevas, Levi Cavendish –Minerva
virou-se para o professor, que estava sentado à mesa. Ele levantou-se por um
breve momento e cumprimentou os estudantes.
Cavendish era um bruxo de 50 anos
de idade, tinha os cabelos longos e um pouco grisalhos, que ficavam presos num
rabo de cavalo esquisito. Seus olhos eram amarelados, e suas feições eram
bonitas e jovens para um bruxo de sua idade. Um broche com o símbolo da
Sonserina estava preso à suas vestes negras, exatamente do lado onde ficava seu
coração.
- O professor Levi também será o
diretor substituto da Sonserina, pois nosso querido Clinton fez uma viagem à
Groelândia e só retornará no próximo ano letivo. -continuou a diretora. -E,
além de tudo isso, Levi também estará lecionando uma nova disciplina
experimental que ele mesmo desenvolveu com a ajuda dos bruxos mais respeitados
de Londres e da Irlanda. A nova disciplina será testada pela primeira vez aqui
em Hogwarts, com os alunos do primeiro ano. Se os resultados dos ensinamentos
forem satisfatórios, ela será inserida no currículo da escola.
Os estudantes entreolharam-se e
cochicharam entre si. McGonagall observou aquele movimento e apenas sorriu,
tendo certeza de que todos estavam bastante curiosos para saber do que se
tratava a nova disciplina.
-Professor, fique à vontade...
–quando Minerva disse essas palavras, o novo diretor da Sonserina levantou-se novamente e aproximou-se da
diretora, tomando o discurso para si.
-Olá, alunos de Hogwarts! -disse
ele. -É um prazer finalmente conhecê-los! Espero que possamos aprender muito e
se divertir durante o tempo em que estivermos nesse lugar tão maravilhoso! Esta
será a nossa casa, e eu tenho certeza absoluta que tiraremos o melhor proveito
dela! –o bruxo fez uma pausa, e nesse breve momento, seus olhos, que passeavam
por todos os estudantes, cruzaram-se com os olhos de Al. - Por muito tempo eu
estudei, pesquisei e fiz muitos testes para desenvolver esta nova disciplina
que estarei lecionando a partir de hoje. Sei que vocês devem estar muito
curiosos, então... Sem mais delongas... A nova disciplina que lecionarei será...
Ofiodioglossia! –ele abriu os braços e sorriu animadamente.
Um grande alvoroço tomou conta do
salão da escola. Tanto alunos como professores pareciam chocados com o que
ouviram. Irmino Brown, o professor de poções, levantou-se indignado:
-Isso é absurdo! Ofidioglossia é
um dom muito raro que apenas poucos bruxos possuem! É um dom hereditário, que passa
de geração à geração, algo que não pode ser aprendido! – disse ele.
-E é por isso que eu estive
pesquisando por anos... É por isso que essa disciplina ainda está em fase de
testes! –retrucou Cavendish.
-Então quer dizer que o senhor
acha que todos os alunos do primeiro ano poderão aprender a falar com as cobras?
Isso é impossível! – insistiu Brown.
-Pode ser algo muito difícil, mas
não é impossível! –disse Levi, sem se preocupar muito com as críticas de Brown.
-Ofidioglossia devia ser ilegal!
É magia negra! –argumentou Magnólia.
-Magia negra? Por que seria magia
negra? Só por que Lord Voldmort era ofidioglota? –perguntou Cavendish, fazendo
questão de dar ênfase ao nome do maior bruxo das trevas.
-Ofidioglossia sempre foi um dom
mal visto pelo mundo bruxo! –retrucou Christina.
-Estão se esquecendo de que um
dos fundadores de Hogwarts era ofidioglota? –argumentou Levi, com uma voz
imponente e cheia de si.
-Um fundador que queria matar
todos os nascidos trouxas! – disse Irmino em voz alta, deixando Minerva
aborrecida.
-Silêncio! Vamos acalmar os
ânimos, por favor! –ordenou a diretora McGonagall, muito séria. – A partir de
hoje, Hogwarts estará lecionando para seus alunos do primeiro ano a disciplina
de Ofidioglossia, e eu espero que todos os professores, alunos e funcionários
dessa escola respeitem essa decisão e a aceitem de bom grado! Ofidioglossia não
é magia negra! É um dom mágico muito antigo e não pode ser visto com tanto
preconceito! O próprio Ministério da Magia aprovou essa disciplina e fez
questão de assinar um documento que seu permite seu ensino aqui em Hogwarts!
Todos ficaram em silêncio. Se o
Ministério da Magia havia aprovado a disciplina, então nada mais poderia ser
feito para que ela fosse impedida de ser lecionada em Hogwarts. Os alunos do
primeiro ano seriam as “cobaias” para essa nova disciplina experimental. Muitos
deles estavam empolgados com essa notícia surpreendente e achavam-se até
privilegiados. Já outros, pareciam chocados e amedrontados.
E foi assim que mais um ano
letivo começou em Hogwarts, prometendo não só uma nova e polêmica disciplina,
como também uma nova aventura, diferente de todas as outras já vividas dentro daquele
castelo.
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Espero que tenham gostado! Se alguém comentar, eu posso até pensar em fazer uma continuação!
Até mais!