Olá pessoal!
Aproveitando que hoje é o dia do Orgulho LGBTQIA+, resolvi passar por aqui para fazer uma recomendação rápida de filme!
Já faz algum tempo que o assisti, para ser mais exata, foi lá pelo fim de 2018. No entanto, foi um filme que me marcou bastante pela maneira que foi abordado o tema, ainda mais relacionando-o com religiosidade.
Sinopse: A fotógrafa Ronit retorna para sua cidade natal pela primeira vez em muitos anos em virtude da morte do pai, um respeitado rabino. Seu afastamento foi bastante abrupto e o reaparecimento é visto com desconfiança pela comunidade, mas ela acaba sendo acolhida por um amigo de infância, que para sua surpresa, está casado com a mulher que foi sua paixão na juventude. As duas acabam tendo uma "recaída", explorando os limites da fé e da sexualidade.
Bem, basicamente o filme conta a história de um amor proibido entre duas mulheres, que vivem numa comunidade de judeus ortodoxos. Uma delas resolveu fugir para outra cidade, e viver sua vida longe da família, como uma mulher livre e independente. Já a outra resolveu ficar, negar sua orientação sexual e se casar com um homem para se livrar da "tentação".
Quando se reencontram, a paixão avassaladora que sentiam uma pela outra na juventude também se reacende, e finalmente elas percebem que não importa quanto tempo passe, não importa o quanto lutem contra esse sentimento, ele sempre estará lá, e elas sempre irão se amar.
O filme é muito bem feito, sei lá, não sou cinéfila mas acredito que um filme é bem feito quando ele consegue nos envolver por completo na sua trama, e quando ele nos consegue passar sua densidade de emoções.
Não vou dar spoiler, mas posso dizer que o final pra mim foi muito marcante. Não foi exatamente um final feliz, mas foi um final que me fez ficar refletindo por horas, principalmente na questão da religião, nos preceitos religiosos e o quanto isso afeta aquilo que chamamos de "livre arbítrio". Por que tantas religiões condenam a homossexualidade? O que é o pecado? Por que tantas pessoas sofrem e são condenadas apenas por amarem outras do mesmo gênero/sexo? O que isso diz sobre a nossa sociedade? Deus de fato condena os homossexuais? Se existe o livre arbítrio, se Deus ama todos os seus filhos, por que as religiões impõem tantas regras e condenam de maneira violenta as pessoas que não as seguem? Talvez o problema não seja a religião em si, ou mesmo Deus, e sim o próprio ser humano, que não suporta as diferenças.
Essas foram as perguntas e reflexões que ficaram na minha cabeça depois que assisti esse filme. Por isso eu o escolhi para recomendar aqui no blog hoje.
É isso! Até mais!
