Escritor: Huh Young Man (autor da obra original), Yoo Hyun Mi
Diretor: Yoon Sung Shik
País de origem: Coreia do Sul
Elenco:
Joo Won como Lee Kang To (Sato Hiroshi/Lee Young)
Park Ki Woong como Kimura Shunji
Jin Se Yeon como Mok Dan (Esther/Boon Yi)
Shin Hyun Joon como Lee Kang San (Lee In)
Han Chae Ah como Ueno Rie (Lara/Chae Hong Joo)
Ahn Hyung Joon como Katsuyama Jun
Chun Ho Jin como Kimura Taro
Jeon No Min como Mok Dam Sa Ri
Park Joo Hyung como Kimura Kenji
Son Byung Ho como Jo Dong Ju
Song Ok Sook como Senhora Han
Jeon Kuk Hwan como Ueno Hideki
Yoon Jin Ho como Goiso Tadanobu
Yoon Bong Kil como Abe Shinji
Son Yeo Eun como Um Sun Hwa
Seo Yun A como Ham Gye Soon
Lee Kyung Shil como Oh Dong Nyeon
Kwon Tae Won como Choi Myung Sub
Jeon Hyun como Baek Gun
Kim Eung Soo como Konno Goji
Kim Jung Nan como Lee Hwa Gyung
Kim Bang Won como Deuk Soo
Ahn Seok Hwan como Lee She Yong
Bruce Khan como Ginpei Gato
N° de episódios: 28
Período de emissão: 30 de Maio de 2012 a 6 de Setembro de 2012
Emissora de TV: KBS2
Curiosidade: O drama é baseado num Manhwa (HQ coreana)
Como já expliquei numa postagem anterior, só comecei a assistir esse drama por causa do Joo Won (o ator que interpreta o protagonista). Antes disso, tive o prazer de ver Joo Won atuando em 7th Grade Civil Servant, e minha intuição me dizia que ele não estava mostrando todo o seu potencial como ator. Quando fiquei sabendo que ele também havia atuado em Bridal Mask, não pude conter minha curiosidade em vê-lo nesse papel.
É claro que não foi só por causa disso que eu resolvi acompanhar Bridal Mask. Há também o fator enredo e contexto histórico do drama, que me deixaram bastante interessada nele. Desde que assisti King of Dramas, fiquei com muita vontade de ver um drama cuja história se passasse nos anos de 1930 (época em que o império japonês dominava a Coréia). E devo afirmar que assistir Bridal Mask foi uma experiência inesquecível para mim.
Confiram a seguir minha sinopse:
Lee Kang To é um rapaz de Joseon (coreano) que trabalha como oficial da polícia imperial Japonesa. Sua grande obsessão é capturar Gaksital, um homem misterioso que usa uma máscara para esconder sua verdadeira identidade e luta contra os traidores de Joseon, ajudando o povo coreano, que é maltratado e oprimido pelos japoneses, a alcançar sua independência e liberdade.
Para o povo de Joseon, Gaksital é um herói, porém, para os japoneses, Gaksital é um bandido. Lee Kang To, fugindo à regra, apesar de ser coreano, odeia Gaksital e o considera seu pior inimigo.
Ao longo da história, Kang To acaba descobrindo a verdadeira identidade do homem mascarado, e a partir daí, há uma grande reviravolta na trama, onde vilões se tornam mocinhos e mocinhos se tornam vilões.
Obs.: Se você é daquelas pessoas que não suportam ver cenas de violência, é melhor ficar longe desse drama. Bridal Mask é um drama repleto de cenas de espancamento, tortura, assassinato e suicídio. Porém, apesar disso, a história é simplesmente maravilhosa e interessante, pois ela nos transmite a grande força e sacrifício do povo coreano para se tornar uma nação independente.
Apesar de um contexto histórico muito sólido, cheio de ideologias e nacionalismo, o que mais me chamou a atenção em Bridal Mask foi à combinação perfeita do enredo com a grande atuação do elenco, principalmente Joo Won (Há, eu já sabia que ele era um ator excepcional! Minha intuição nunca erra! rsrs) e Park Ki Woong (esse foi minha maior surpresa).
Algo que também me chamou bastante atenção e que eu considero como a “jogada de mestre” dos escritores, foi à utilização da inversão de papéis.
Alerta de Spoilers!
Nos primeiros 6 episódios, Kang To é o vilão da história, um oficial da polícia imperial japonesa que tenta capturar Gaksital e não mede esforços para isso, sendo capaz até mesmo de espancar e torturar pessoas inocentes em busca de alguma pista do homem mascarado. Shunji, o melhor amigo de Kang To, é o mocinho, que apesar de ser japonês, é um professor gentil que trata com respeito todas as pessoas de Joseon. Mok Dan é o grande amor de Shunji e a grande inimiga de Lee Kang To, pois além de ser filha de um “rebelde” que luta pela independência da Coréia, ela sempre acaba sendo salva por Gaksital.
A partir do episódio 7, as coisas começam a mudar de figura e ocorre uma surpreendente e chocante inversão de papéis. Kang To torna-se o novo Gaksital, e Shunji resolve deixar de lado a carreira de professor para ser um oficial da polícia imperial japonesa, passando, assim, a perseguir Gaksital sem saber que na verdade ele é o seu melhor amigo. Kang To também descobre que Mok Dan foi seu primeiro e único amor, e Shunji acaba tornando-se inimigo dela. (incrível, não?)
Fim dos Spoilers!
O desenvolvimento da história é impressionante, cheio de reviravoltas, cenas surpreendentes e emocionantes (daquelas que te fazem chorar, ou gritar de raiva, ou sorrir feito uma boba ou até mesmo agir como uma fanática! rsrs). Todos os episódios terminam de forma tão tensa que é impossível controlar a vontade de assistir o episódio seguinte, pois o enredo desse drama é do tipo “vida ou morte” (onde você nunca sabe se o mocinho vai ser capturado ou o se vilão vai se dar mal). Esse tipo de tensão nos prende de uma maneira tão firme que, enquanto não terminamos de ver tudo, é impossível ficar sossegado. Ou seja, Bridal Mask é o tipo de obra que faz você ficar com os nervos à flor da pele.
Personagens de destaque
O elenco de Bridal Mask é bem maior do que o da maioria dos dramas, por isso eu resolvi selecionar apenas os personagens que fizeram a diferença nesse show (apesar de que cada um dos personagens também teve sua grande importância na trama):
O protagonista da história. É um rapaz coreano de família humilde cujo pai foi assassinado e o irmão tornou-se doente mental após ser cruelmente torturado. Antes de ser policial do império japonês, Lee Kang To trabalhava como riquixá, assim, ele pagava as despesas da faculdade do irmão e ajudava sua mãe. Kang To acreditava que se o irmão se tornasse um homem bem sucedido, o futuro de sua família seria menos sofrido. Porém, o irmão foi preso por ser um dos adeptos a luta pela independência da Coreia, e assim, acabou sendo torturado e ficou louco. Depois disso, Kang To “tomou as rédeas” da família e resolveu aprender a lutar Kendo com a ajuda de seu amigo Shunji (que foi seu professor). Desta forma ele fez um teste e conseguiu entrar para a polícia imperial japonesa.
Por causa de sua escolha, Kang To nunca foi bem visto pelo povo de Joseon, que o acusava de ser um traidor da Nação. Porém, mesmo se sentindo triste e injustiçado, ele não se arrependeu de ter seguido esse caminho, pois tudo o que fez foi para sustentar sua família e evitar a humilhação (mesmo que ele tenha chegado ao extremo de oprimir e machucar pessoas inocentes - existem muitas pessoas como Lee Kang To por aí, que escolhem "bater" ao invés de "apanhar").
Mais tarde, Kang To torna-se o novo Gaksital (por quê?). A partir daí, ele passa a viver uma vida dupla, como um oficial do império inimigo e também como o “herói” de Joseon. (Eu já disse o quanto acho esse enredo fascinante? rsrs).
A partir daí, sua verdadeira identidade e até mesmo sua vida é posta em risco em cada missão.
Joo Won simplesmente superou todas as minhas expectativas. Ele atuou de forma espetacular. Tanto nas cenas mais emocionantes quanto nas cenas mais duras. Minha intuição sobre ele (quando o vi em 7th Grade Civil Servant) felizmente não foi nem um pouco equivocada. Mesmo antes de assistir Bridal Mask eu sabia que ele tinha um grande potencial. Espero que ele possa mostrar muito mais nos próximos dramas (ficarei na expectativa!).
Informação adicional: Essa postagem está sendo feita em 29 de junho de 2013, e há poucos dias, fiquei sabendo que Joo Won estará atuando como o protagonista de um novo drama da KBS chamado “Good Doctor”, que provavelmente irá estrear em agosto desse ano. Nesse drama, Joo Won fará o papel de um médico pediatra com autismo (isso mesmo, um médico autista!). Ele será uma espécie de gênio com uma mentalidade inocente.
Ao saber do perfil desse novo personagem, eu fiquei totalmente empolgada! Minha intuição me diz que esse será um dos papeis mais difíceis e mais marcantes interpretados por Joo Won, será um desafio à altura do talento dele, e isso me deixa muito animada! #modofangirlativado
Shunji é o tipo de personagem incompreendido, que começou na história como mocinho e, ao longo da trama, transformou-se num vilão digno de pena.
Kimura Shunji é um rapaz japonês, filho do Comissário de Polícia Kimura Taro. Ao contrário de seu irmão mais velho (Kimura Kenji), ele não queria seguir os passos do pai e se tornar um oficial da polícia imperial Japonesa. Shunji era um professor muito gentil e alegre, que adorava ensinar as crianças de Joseon.
Porém, para vingar a morte do irmão e salvar a vida de seu grande amor (Mok Dan), Shunji resolve se tornar um membro da polícia imperial, vestindo o temido uniforme branco.
A partir desse momento, Shunji, que antes era um anjo do céu, transforma-se num verdadeiro demônio do inferno.
A mudança de personalidade foi tão drástica que eu até considerei a possibilidade de ele ter sido possuído pelo espírito maligno do irmão falecido (kkkkkkkkk Só eu mesmo pra pensar nessas coisas!).
Park Ki Woong me deixou completamente fascinada com sua atuação. Suas expressões faciais nos momentos de fúria incontrolável ou de tristeza desoladora eram de deixar qualquer um de queixo caído, até mesmo nos momentos mais simples, onde ele precisava demonstrar a esperteza psicopata do personagem, ou a obsessão por Mok Dan, ou o ódio por Gaksital e a falsidade perante seu (ex) melhor amigo Lee Kang Too. Todas as suas expressões faciais eram surpreendentes.
Shunji com certeza foi o personagem que mais me surpreendeu nesse drama, e por mais que ele tenha se transformado num “demônio”, em nenhum momento consegui odiá-lo (e olha que ele fez muita maldade! Tantas atrocidades que nem eu mesma consigo entender por que não o odeio). Na verdade, sempre que eu olhava para ele, ainda conseguia ver aquele rapaz de bom coração que ensinava as crianças de Joseon, e tinha (falsas) esperanças de que ele pudesse voltar a ser o que era antes (talvez por causa da maldita hipótese da possessão kkkkkk).
O final de Shunji, em minha opinião, foi muito digno. Shunji já havia perdido tudo: O poder, o amor e a família. A única coisa que ainda lhe restava era seu melhor amigo que, por ironia do destino, tornou-se seu pior inimigo. Porém, um dos dois precisava morrer. Talvez a solidão e o peso na consciência de Shunji tenham falado mais alto.
Irmão mais velho de Lee Kang To. Depois de ser preso e torturado, enlouquece e passa a agir como uma criança. Esse personagem tem uma importância muito grande para o desenvolvimento da história.
Shin Hyun Joon atuou de forma excepcional. As cenas protagonizadas por ele e Joo Won eram simplesmente de cortar o coração.
Chefe da estação de polícia imperial japonesa. É o irmão mais velho de Kimura Shunji. Um homem cruel, sádico e sem escrúpulos.
A existência desse personagem no drama também foi de grande importância para o desenvolvimento da história.
Filha de um dos grandes líderes do movimento independentista. Mok Dan (também conhecida por Ester ou Boon Yi) conheceu Lee Kang To quando ainda era criança e ele foi seu primeiro e único amor. Depois de anos sem se verem, ela não o reconhece e o considera seu inimigo, pois ele é o oficial da polícia que a torturou, prendeu seu pai e quer capturar o herói Gaksital.
Mok Dam também conheceu Shunji quando ambos eram crianças. Shunji é apaixonado por ela, porém, Mok Dam o considera apenas como seu amigo.
Essa personagem, sempre valente e destemida, foi um dos grandes “centros” da trama e através dela desenvolveu-se o triangulo amoroso Kang To x Mok Dam x Shunji.
Porém, aqui vai a minha única crítica em relação a esse drama: A química do casal protagonista era muito fraca, praticamente nula (e eu acho que a culpa foi da atriz, pois Joo Won foi praticamente perfeito em sua atuação).
Na verdade, Joo Won tinha muito mais química com Han Chae Ah (Lara) do que com Jin Se Yeon (Mok Dan). Mas isso não significa que eu torcia para que Kang To e Lara ficassem juntos, afinal, eu sou uma shipper de Katsuyama e Lara rsrs.
Aos nove anos de idade, ficou órfã e resolveu se tornar uma gisaeng.
Quando estava prestes a ser morta, Lee Kang To salvou sua vida e, desde esse dia, ela se apaixonou por ele.
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O beijo de Lara e Kang To foi mil vezes mais HOT do que o beijo de Mok Dan e Kang To |
Ueno Hideki, um velho poderoso e chefe da Organização Kishokai, resolveu adotá-la como sua “filha” e lhe deu um novo nome, Ueno Rie. Desta forma, ela se torna os "olhos" de seu chefe e tem o poder de dar ordens em seu nome.
Lara está sempre acompanhada de seu guarda-costas, Katsuyama.
Guarda-costas de Lara e apaixonado por ela, mas seu amor não é correspondido. Um homem calado, misterioso e de olhar triste. Está disposto a proteger Lara custe o que custar, sendo capaz até de sacrificar sua vida por ela. É muito hábil com a espada.
Geeeente! Posso surtar um pouquinho? Quando vi esse personagem pela primeira vez, logo pensei: Meus Deus! É o Hagi! É igualzinho ao Hagi! (Eu amo o Hagi, ele é um dos meus personagens mais queridos! Pra falar a verdade, ele é minha idealização de homem perfeito! kkkk).
Katsuyama é a personificação de Hagi (Para quem não sabe, Hagi é um personagem do anime Bood +, se você quiser saber mais sobre ele, clique aqui). Até mesmo na aparência ele é parecido com Hagi, e o melhor, não só na aparência, mais também na personalidade, no modo de lutar, simplesmente tudo! #Morri
Em outra postagem do blog (aqui), eu já mencionei o quanto achava Oh Soo (interpretado por Jo In Sung) parecido com o “estereótipo” dos personagens de animes/mangás voltados para o público feminino. Porém, Katsuyama não é só um personagem “geral” como Oh Soo, e sim a “reencarnação” de um único personagem de anime (kkkk). Isso é realmente impressionante! Gostaria muito de ver outros personagens de dramas que “saíram de animes” como ele.
Muitos outros personagens também se destacaram no drama (se eu for falar de todos eles, essa resenha não acabará rsrs), entre eles estão:
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Dam Sa Ri é pai de Mok Dan e um dos líderes rebeldes que lutam pela independência da Coreia.
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Pai de Shunji e Comissário chefe de polícia |
Koiso
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Oficial de polícia que sempre fica do lado de Shunji e cumpre todas as suas ordens |
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Oficial de polícia de sempre está ao lado de Kang To |
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Finge ser amiga de Mok Dan, mas na verdade é uma espiã que troca informações por dinheiro |
Um dos maiores destaques do enredo de Bridal Mask, e, sem dúvidas, a base da obra, é o nacionalismo. A luta de um povo sofrido para defender seu território, seus costumes, seus bens, sua cultura e garantir um futuro digno para seus descendentes. A luta de um povo que, apesar de ter medo, não foge e nem se esconde. A luta de um povo que está disposto a dar seu sangue e sua vida pela liberdade de sua amada Nação.
O final de Bridal Mask foi bastante deprimente, porém, ao mesmo tempo, me deixou aquela sensação de orgulho.
Nunca me senti tão mal com um final de drama antes. A tristeza que senti foi comparável à quando eu terminei de ler o mangá Pluto de Naoki Urasawa (não gosto nem de lembrar, fiquei super deprimida). Isso me faz pensar o quanto a essência dessas duas obras são parecidas.
Sinceramente, não sei se isso é bom ou ruim, pois, se por um lado, fiquei deprimida com o final, por outro, isso mostra que Bridal Mask se tornou uma das obras mais marcantes que eu já tive o prazer de assistir. Esse drama deixou uma marca bastante profunda em mim (assim como Brain, porém Brain se relaciona comigo de uma maneira muito mais pessoal).
E no fim das contas, me senti feliz com isso.
Se vocês ainda estão em dúvida sobre minha opinião sobre o drama, vou explicar melhor:
Bridal Mask é uma obra EXCEPCIONAL! Tanto a atuação do elenco quanto o desenvolvimento da trama foram extraordinários! O fato de o final ser deprimente só faz aumentar o meu apreço e orgulho por esse drama. Não é todo escritor (roteirista) que tem a coragem de se arriscar e fugir da mesmice dos finais felizes.
Se você é daquelas pessoas que só gostam de ver dramas que tenham finais felizes e perfeitos, está na hora de rever seus conceitos! Pois Bridal Mask é o tipo de obra que é a “exceção à regra” e merece, com todos os méritos, ser apreciada.
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Foto tirada no final do drama |
Bom, pessoal, vou ficando por aqui. Essa resenha foi extensa, porém, confesso a vocês que gostaria de escrever ainda mais sobre esse drama, pois sinto como se não tivesse escrito nem um terço do que essa obra realmente representa. De qualquer forma, é melhor não estender algo que já está tão grande rsrs
Até mais! E aguardem novas postagens!