Until You - (fanfic MarkJin)

Olá pessoal! 

Andei sumida né? 

Pois é, quando as minhas aulas na faculdade começam é assim, não tenho mais sossego na vida hahahaha Eu passo praticamente o dia inteiro na faculdade, quer dizer, tenho as manhãs livres, mas essas manhãs são dedicadas para fazer trabalhos ou ver alguma coisa de GOT7, o que significa que não sobra tempo nenhum para assistir dorama ou elaborar alguma postagem para o blog. 

Eu me sinto muito culpada por deixar o blog assim abandonado, por que minha meta sempre foi postar a cada 6/7 dias.

"A sessão de fotos vai começar, ajam naturalmente"

Bom, infelizmente eu não tenho nada o que postar por aqui a não ser essa fanfic MarkJin. Essa fanfic foi um pedido/sugestão de uma leitora do blog. A proposta era escrever uma história que mostrasse como Mark e Junior se conheceram e como o amor entre eles nasceu. Infelizmente a fanfic não está terminada e eu não sei quando poderei terminá-la, já que as coisas estão ficando muito puxadas pra mim na faculdade. Mas resolvi postar os dois primeiros capítulos aqui, quem sabe, se alguém gostar, eu me animo e faço um esforcinho para continua-la, mesmo com os perrengues da faculdade hehe

Let's go!

Aviso: Apesar de usar referências da realidade, isso é uma FANFIC. Feita de fã para fã, sem o objetivo de denegrir ou violar a imagem dos artistas.

Until You

Baby a vida foi boa comigo

Mas você acaba de torná-la melhor

Eu adoro o jeito que você fica ao meu lado

Seja qual for a circuntância

Eu não quero fugir

Só quero fazer seu dia

Quando você sentir que o mundo está sobre seus ombros

Não quero torná-lo pior

Basta fazermos o nosso trabalho

Baby me fale, eu faço qualquer coisa...

É como se ninguém tivesse me conhecido até você me conhecer

É como se ninguém tivesse me amado até você me amar

É como se ninguém nunca houvesse me tocado, até você me tocar

Ninguém... ninguém... até você.

Experimentei apenas um pouco de você, agora estou viciado

Você nunca sabe o que está faltando

Até que você consiga tudo o que precisa

Foi o bastante pra saber

Que se te deixar ir

Eu não serei nada

Pois nunca imaginei sentir

As coisas que você me faz sentir

Não estava procurando por alguém até você

Ninguém, ninguém, até você. 

Capítulo 1 – Falso Sonho

O silêncio no dormitório deu lugar a um estridente som de despertador incômodo aos ouvidos. Eram 7 da manhã. Alguém se levantou e apertou o botão para cessar aquele barulho infernal. Agora só ouviam-se grunhidos de reclamação. Tudo o que eles queriam era continuar no mundo dos sonhos, mas aquele barulho os trouxe de volta para o mundo real novamente. Enquanto um e outro se levantavam de suas camas, Mark continuava lá, olhando para o teto, pensativo. Ele já estava acordado mesmo antes do toque do despertador. Depois de uma noite inteira sem dormir, o jovem rapaz de 17 anos finalmente havia tomado uma decisão: Iria desistir de ser trainee e voltar para sua casa em Los Angeles.

Mark era um trainee na JYP Entertainment há quase três meses. Ele havia sido “recrutado” pela agência em Los Angeles, quando estava no intervalo do colégio. Tudo começou quando uma garota o encarou e o deixou envergonhado. O que Mark não sabia era que essa garota estava lá para observar os garotos bonitos a mando da JYPE. As pessoas que o abordaram eram coreanos, mas sabiam falar inglês perfeitamente bem, e logo puxaram conversa, perguntando qual era o sonho dele, se ele tinha algum interesse em se tornar um idol muito famoso. O garoto apenas ficou surpreso. Justo ele, uma celebridade? Um idol? Mark pensava que seu destino era estudar muito, entrar numa boa faculdade e se tornar um homem de negócios. Como poderia ele, que não tinha nenhum talento especial, tornar-se um idol? Cantar? Dançar? Ele não sabia fazer nada disso. Para ser um idol ele precisaria ir à Coreia do Sul, morar lá, aprender o idioma coreano, praticar muito e ficar longe de sua família. Sua primeira resposta a esta proposta absurda foi “não”. No entanto, os agentes da JYPE não desistiram, esperaram o garoto sair da escola e o acompanharam até sua casa para falar com os pais dele.

A reação de Raymond e Dorine, assim como a reação das irmãs mais velhas de Mark, foi assustadora. Todos ficaram extremamente empolgados com a ideia de ter um filho e um irmão famoso. Mark se sentiu oprimido ao ver toda aquela euforia e festa, aquelas vozes animadas que já faziam planos sem nem mesmo perguntar qual havia sido sua resposta.

Os agentes, vendo a situação, disseram a Mark que ele deveria pensar um pouco mais, e que deveria pelo menos tentar fazer a audição, se ele passasse, iria se tornar um trainee da JYPE e, se tudo corresse bem, mais tarde se tornaria um idol. 

-Ele gosta de cantar? –perguntou um dos agentes ao pai de Mark.

-Ele adora cantar rap, não é, filho? – respondeu Raymond.

Era verdade que Mark gostava de rap, mas ele cantava apenas por diversão, quando estava com os amigos no colégio, ou quando estava no chuveiro.

-Seu filho pode se tornar um rapper muito famoso! – disse uma agente de voz irritante, enquanto as irmãs de Mark sorriam e pulavam animadas. O irmão mais novo de Mark ainda não estava entendendo muito bem o que se passava, mas pulava junto com as irmãs.

Após essa visita tão repentina, Mark teria apenas duas semanas para tomar uma decisão e treinar para apresentar-se na audição que decidiria seu destino. Ser idol nunca foi o sonho de Mark, e ele, que sempre foi tão idealista, achava que seguir esse caminho poderia lhe trazer arrependimentos mais tarde.

-Por que você não tenta, filho? – perguntou sua mãe. – Ninguém aqui vai força-lo a nada, se você não quiser, não vá, mas... E se for o destino batendo na sua porta? Você nunca vai saber se não tentar...

Dorine tinha razão. Só por que não era seu sonho, não significava que não fosse seu destino.

Após passar uma noite em claro pensando, Mark decidiu fazer a audição, e ensaiou um rap do Eminem, chamado “When I’m Gone”.

“E quando eu me for, apenas siga em frente, não lamente

Fique feliz sempre que ouvir o som da minha voz

Apenas saiba que eu estou olhando por você, sorrindo

E eu não senti nada, então, baby

não sinta nenhuma dor

Apenas sorria de volta”

Quatro meses haviam se passado desde a audição. Mark teve um mês para se organizar e ajustar toda a papelada para se tornar um trainee na Coreia. A partir daí, um intenso treinamento começou, e o primeiro deles foi às aulas de coreano. Durante esse tempo, Mark também teve aulas de canto, dança e artes marciais. Ele também conheceu pessoas legais, e outras nem tanto. Porém, o jovem rapaz ainda sentia-se deslocado e com saudades da família.

Aquele lugar nunca seria seu lar, e por mais que fosse divertido cantar e dançar, às vezes os garotos coreanos o excluíam do grupo por ele ser estrangeiro ou por não entender muito bem a língua deles. Além disso, aprender a ser um “idol coreano” era uma tarefa estressante, todas aquelas regras de como eles deveriam se portar, de como deveriam responder aos fãs, de como deveriam se dirigir aos managers... Aquilo tudo o estava sufocando, era como se ele estivesse, aos poucos, se acostumando a viver dentro de uma redoma de vidro.

Estava mais do que na hora de pôr um fim naquele falso sonho. Seus pais iriam entender. Raymond e Dorine disseram que a qualquer momento ele poderia voltar, caso não gostasse de viver na Coreia como um trainee.

Mark levantou-se da cama e olhou-se no espelho. As olheiras estavam muito evidentes. E os olhos também estavam um pouco vermelhos. Um de seus colegas de quarto passou por ele e o chamou de “panda”. Mark apenas ignorou e tentou esconder os sinais da noite mal dormida com uma maquiagem após o banho.

Aquele dia seria um dia especial. Não por que Mark finalmente havia criado coragem para falar com o diretor e pedir para sair do treinamento, e sim por que os novos trainees finalmente iriam conhecer os trainees veteranos.

Muito já tinha se falado neles, inclusive numa tal de Suzy, que estava prestes a debutar num girlgroup chamado Miss A. Ela era muito famosa entre os rapazes pela sua beleza estonteante, então todos queriam conhecê-la. Além disso, dois garotos bem famosos e comentados eram Im Jae Bum e Junior, amigos que passaram na audição da JYPE em primeiro lugar empatados, e que tinham verdadeiras habilidades de dança e canto.

-Junior? Ele também é americano? –perguntou Mark.

-Ah... Na verdade ele é... – antes de conseguir respondê-lo, o colega de dormitório de Mark teve que silenciar, pois eles haviam chegado num grande pátio onde Park Jinyoung, o criador da empresa JYP Entertanment, a lenda viva, estava esperando junto ao outros trainees veteranos para uma confraternização.

Mark ainda tentou arrancar uma resposta de seu colega de dormitório, mas ele se afastou, e todos os outros também, indo na direção dos trainees veteranos para cumprimentá-los e puxar conversa, na esperança de conseguirem novos amigos e também novas dicas de como se tornar um idol. JYP também estava no meio deles, conversando humildemente com os novatos. Mark resolveu tentar se enturmar, mas a língua coreana ainda era uma dificuldade para ele, aquilo o sufocava, tudo o que ele mais queria era alguém que também falasse inglês.

Mark viu um círculo de trainees em volta de uma pessoa, e pôde ouvir o nome “Suzy” vindo de lá. Seria ela? A deusa de que todos os garotos falavam? O jovem não conteve sua curiosidade e resolveu espiar. Suzy estava cercada de rapazes, alguns até pediam autógrafos. Ela era bonita, definitivamente. Porém... Talvez Mark apenas houvesse tido expectativas altas demais em relação a ela. Ele pensou que assim que a visse, fosse se apaixonar imediatamente, mas não foi isso o que aconteceu. Ela era muito linda, de fato, mas não parecia alguém que pudesse conquistar seu coração apenas com um olhar ou sorriso.

De repente, um barulho de música agitada e gente empolgada chamou a atenção do jovem. Era outro círculo de pessoas, dessa vez bem maior. E no centro dele estavam dois rapazes dançando Hip Hop. As pessoas ao redor batiam palmas no ritmo da música. Mark conseguiu abrir espaço para visualizar bem os veteranos dançarem. Aquilo sim era legal. Dois rapazes talentosos, um mais alto e outro mais baixo. As garotas trainees estavam suspirando e babando enquanto olhavam para eles.  Mark não conseguiu tirar os olhos do mais baixo, pois ele dançava de um jeito espetacular, que o atraía, era magnético, cheio de sentimento.

-Awn... O Jae Bum é tão lindo! Ele é o melhor dançarino! Tão carismático! – disse uma trainee que estava ao lado de Mark.

-Jae Bum? É aquele ali? – perguntou Mark, apontando para o rapaz mais baixo.

-Aish! Claro que não! Aquele é o Junior! Como você pode achar que Junior é melhor do que Im Jae Bum? – respondeu a garota com uma voz enjoada de deboche. – Ainda não entendo como esses dois empataram nas audições, Jae Bum é mil vezes melhor dançarino que Junior, sem falar que também é mil vezes mais bonito e sexy!

Mark ficou calado, mas em pensamento ele discordava veementemente. Junior dançava muito bem, e não era feio, pelo contrário. Aquela garota estava sendo apenas irritante!

Por um pequeno instante, os olhos de Junior encontraram os olhos de Mark em meio aquele grande círculo de pessoas. Ali era o começo de algo que, naquele momento, nenhum dos dois poderia sequer imaginar.

Capítulo 2 – My name is JYP!

-E aí, Mark, vem com a gente? – perguntou um de seus colegas de dormitório.

-Ele nos convidou mesmo? Sério? – perguntou Mark, incrédulo.

Jae Bum havia convidado alguns trainees novatos para conversar com ele e Junior no dormitório enquanto comiam alguns sanduíches. Mark não poderia perder essa oportunidade de conhecer e falar com Junior, então, apesar de estar bastante nervoso, ele não pensou duas vezes e acompanhou seus colegas, que por algum motivo, pela primeira vez, haviam incluído Mark em seus planos. Talvez a conversa com JYP a respeito de acolher os trainees estrangeiros tenha surtido algum efeito positivo.

Os jovens chegaram ao dormitório dos veteranos bastante encabulados e silenciosos. Bateram na porta e foram recebidos com um sorriso caloroso de Im Jae Bum. Enquanto todos entravam e cumprimentavam o talentoso e popular veterano, Mark olhava ao redor, procurando pela pessoa que ele verdadeiramente queria ver.

O dormitório era modesto, com apenas 2 camas beliches, dois armários, dois criados-mudos e um grande espelho. Também havia um banheiro. Os meninos se sentaram em almofadas no chão, formando um círculo.

Alguém perguntou por Junior, e Jae Bum disse que seu amigo estava no banho.

Jae Bum ofereceu sanduíches e bebidas. Todos conversavam animadamente, dando gargalhadas e falando em voz alta enquanto comiam. Mark permanecia quieto, em silêncio, de vez em quando ria de alguma piada, mas sempre mantinha os olhos grudados na porta do banheiro.

Mark aproveitou aquele momento para pensar no que diria quando estivesse frente a frente com Junior. Como o cumprimentaria? Como faria para que os dois se tornassem amigos?

De repente, a porta do banheiro se abriu. Junior saiu de lá com uma toalha em volta do pescoço, ainda enxugando os cabelos molhados. Estava vestindo uma blusa branca e uma calça de algodão bem folgada. Os pés descalços. Enxugava o rosto também.

Mark se levantou imediatamente. Ele estava tão nervoso que acabou esquecendo o que ia dizer. Então apenas disse a primeira coisa que veio em sua mente.

-Yo! What’s up, man? – perguntou Mark, fazendo um gesto de garoto do gueto com as mãos, tentando parecer “cool”.

Junior se assustou com o inglês, mas como não queria passar vergonha na frente de um trainee novato, ainda mais de um estrangeiro, respondeu:

-Hello! My name is JYP! Park Jinyoung!

-Hã? JYP? – perguntou Mark, confuso. – Mas JYP não é o nome do criador da agência?

Todos, exceto Junior e Mark, caíram na gargalhada. Aquela havia sido a conversa mais estranha que Mark havia tido com alguém nos últimos três meses. O rapaz apenas sentou-se novamente e encolheu-se constrangido, pensando que Junior estava zombando dele.

Foi então que, ao ver o desconforto de Mark, Junior explicou:

-Eu não estou brincando, meu nome é mesmo Park Jinyong! Eu tenho o mesmo nome do dono dessa agência! É por isso que me chamam de Junior, é meu nome artístico, já que não posso ter o mesmo nome do JYP.

Mark olhou para Junior com uma expressão de incredulidade. Será que ele estava mesmo falando a verdade ou era só uma brincadeira para fazê-lo de bobo?

-Desculpa por não ter te explicado antes quando você me perguntou. – disse o colega de dormitório. –Mark havia me perguntado se você também era americano por causa do nome. – completou ele, desta vez falando com Jinyoung.

-Ah! Então foi por isso que você falou comigo em inglês? – perguntou Junior.

Mark apenas olhou para Junior de relance e balançou a cabeça em consentimento. O jovem ainda estava muito constrangido. Tudo o que ele queria era fazer um amigo, mas agora todos iriam rir dele quando se lembrassem do que aconteceu no dormitório dos veteranos.

A conversa se estendeu por um bom tempo. E Mark, obviamente, continuava quieto e envergonhado. No entanto, ele não queria sair dali sem os outros, por que isso seria ainda mais vergonhoso para ele. O rapaz resolveu fazer um esforço para participar das conversas, e seus colegas de dormitório até lhe deram uma ajudinha.

No entanto, ainda era muito difícil para Mark, que custava a entender algumas expressões e gírias coreanas. Então, muitas vezes, ele era o único que não ria das piadas apenas por não entendê-las.

Percebendo isso, Junior tentou ajudá-lo, traduzindo algumas gírias para o inglês. Mark ficou impressionado. Então Junior sabia falar inglês? Finalmente Mark havia encontrado alguém com quem pudesse conversar a vontade?

As bebidas acabaram e os garotos queriam comer alguma coisa doce. Jae Bum sugeriu sorvete e chocolate. Para decidir quem iria comprá-los, eles jogaram pedra-papel-tesoura. Como obra do destino, Junior e Mark perderam, então os dois tiveram que ir juntos à loja de conveniência.

Mark não sabia bem o motivo, mas seu coração estava muito inquieto. Enquanto os dois caminhavam um ao lado do outro, o jovem tentava elaborar uma pergunta em sua mente, para poder iniciar um diálogo entre eles. No entanto, Junior não lhe deu tempo, ele apenas iniciou uma conversa.

-Então... Os meninos me disseram que você está aqui na Coreia há apenas três meses, isso é verdade? –perguntou Junior, com seus grandes olhos fitando Mark.  –O que está achando daqui? É muito diferente da América? –completou.

Mark não conseguiu entender bem a pergunta de Jinyoung, pois o veterano havia falado muito rápido e o novato ainda não conhecia muito bem certas palavras coreanas, sem falar que ele estava bastante nervoso também. Mark abaixou a cabeça, suspirou, passou alguns segundos em silêncio até criar coragem para perguntar:

-Can we talk in English? If you don’t mind, of course ... I'm still not so good speaking in Korean, then you can help me?

Das palavras que o jovem americano disse, Junior entendeu apenas “Inglês”, “Claro”, “Não tão bom”, “Coreano” e “Ajuda”. Porém, ele olhou para Mark e balançou a cabeça sorrindo.

Mark suspirou de alívio.

-Oh, I'm so tired and overwhelmed to speak in Korean. I am here only three months, it is still very difficult for me. It is so nice to find someone who also speak English! The other trainees at first pretended they could speak in English, but it was not long until I unmask them, after all, I am a real American! –disse Mark, finalmente sentindo-se confortável ao falar com alguém.

Junior começou a suar frio. Ele não conseguiu entender nem metade do que Mark havia dito. No entanto, ainda se arriscou a balançar a cabeça e sorrir, como se tivesse entendido tudo.

Mark estava esperando que Junior falasse algo em inglês, mas o veterano estava muito quieto e transparecia uma expressão de desconforto.

-What happened? Can you understand me or not? – perguntou o estrangeiro.

Junior sentou-se num banco da pracinha por onde eles estavam passando. Ficou cabisbaixo.

-Sorry...  I don’t understand English very well ... I only know a few words ... I'm sorry.

Mark percebeu o quanto o jovem rapaz estava decepcionado consigo mesmo.

-Tudo bem, vamos tentar conversar em coreano então... Eu não sou muito bom em coreano ainda, mas vou me esforçar! – disse o estrangeiro, tentando consolar seu novo amigo.

-Desculpa... Eu só queria parecer um cara legal... Mas acabei passando vergonha. – disse o veterano, suspirando de desapontamento e fazendo beicinho. Naquele momento, Mark o achou muito fofo.

Era estranho. Mark deveria estar bravo, mas não conseguia.  Ele olhava para aquele garoto indefeso ali na sua frente e não podia deixar de mostrar a ele uma expressão cálida e compreensiva. Jinyoung estava apenas sendo sincero. E no final das contas, foi o próprio Mark que tirou conclusões precipitadas a respeito dele ser fluente em inglês.

Mark sentou-se no banco ao lado de Jinyoung.

-Você é sempre assim?  -perguntou.

-hum? Assim como? – Junior não entendia o que o novato queria dizer.

-Você sempre age assim quando faz algo de errado ou quando fica constrangido? Sempre age como um filhote abandonado?

Ao ouvir essas palavras, Junior corou.

-O-o-o que você quer dizer com filhote abandonado? – gaguejou ele, irritado.

Agora, além de envergonhado, ele também estava bravo. Parecia ainda mais fofo, pensou Mark, que não conseguia conter um sorriso bobo que brotava em seu rosto.

-Não ria de mim! Eu sou seu sunbaenim! Sou veterano! -ralhou Jinyoung.

-Okay... Mas pelo que os outros me disseram, você é mais novo do que eu, então eu sou seu hyung! – retrucou Mark.

-O QUÊ? Você é mais velho do que eu? Mas você não parece mais velho do que eu! – disse Jinyoung, totalmente indignado. –Aish! – exclamou ele, levando as mãos até a cabeça. – Por que eu sempre tenho que passar vergonha na frente dos mais velhos? Aish!

Mark deixou escapar uma gargalhada. Jinyoung ficou ainda mais envergonhado. No entanto, Mark o puxou pelo braço e os dois voltaram a caminhar até a loja de conveniência para comprar sorvete e chocolate.

Na volta, Mark abriu a sacola, tirou um sorvete de dentro dela e começou a comê-lo.

-O que você está fazendo, hyung? –perguntou Jinyoung. – Nós devemos esperar até chegar aos dormitórios!

Mark apenas encarou Jinyoung com uma expressão indiferente. Abriu a sacola novamente, tirou outro sorvete e ofereceu a ele.

-O gosto fica muito melhor quando a gente toma sorvete ao ar livre! – disse o jovem americano, com seu sotaque arrastado, um sorriso no rosto e os lábios manchados de sorvete de baunilha.

Junior o encarou por alguns segundos. O sorriso de Mark fazia seu coração acelerar. Ou talvez ele estivesse apenas nervoso por estar conversando com alguém mais velho, que ainda era desconhecido, mas ao mesmo tempo tão familiar.

No fim das contas, ele apenas estendeu a mão e recebeu o sorvete. Os dois caminharam lado a lado a passos sincronizados enquanto sentiam o gelado em seus lábios. Mark tinha razão, tomar sorvete ao ar livre deixava o gosto muito melhor.

Bom, pessoal, é isso. Eu não sei quando vou voltar então não posso pedir para que aguardem novas postagens hahahaha

Antes de ir, gostaria de desabafar um pouco a respeito de MarkJin. Como vocês sabem, obviamente, eu sou muito shipper desses dois e acho que algumas vezes eu passo dos limites. Eu fico um pouco aliviada ao saber que não sou a única que exagera tanto a respeito desses dois, no entanto, eu mesma tenho um medo muito grande de me magoar. 

Recentemente, um dos integrantes do EXO, Kai, foi revelado que ele e uma integrante do grupo f(x), Krystal, estão namorando. E o que isso tem a ver com MarkJin? Bom, é que Kai é bastante shippado com D.O (outro integrante do EXO, que, aliás, é o meu bias). Kaisoo tem uma legião de shippers, e quando esses shippers souberam dessa notícia, muitos ficaram arrasados.     

Isso me deixou angustiada a respeito de MarkJin. E se um dia um deles (Mark ou Junior) aparecerem com uma namorada?

Não é que eu seja uma fã ciumenta, não é isso! Se eu não shippasse Mark e Junior, com certeza eu aceitaria de boa que qualquer um dos dois namorasse com uma garota. No entanto... Eu sou shipper! Sinceramente, não faço ideia de como seria a minha reação quando soubesse que um deles poderia estar namorando com outra pessoa.

Além disso, ultimamente MarkJin anda me deixando muito apreensiva... Eu não sei explicar bem, mas eu tenho ficado angustiada com certas interações deles.  Ultimamente eles não andam tão próximos, mas é como se fosse uma distância forçada. Talvez sejam apenas os meus olhos de shipper, mas ao observá-los eu crio muitas teorias do que possa estar acontecendo entre os dois, e no fim de cada uma delas, Mark e Junior continuam gostando muito um do outro (não só como amigos), mas não estão juntos. 

Bom, como eu disse, acho que ando exagerando muito com esses dois. É uma coisa boa ficar quase o dia todo na faculdade ocupada com as aulas, assim eu consigo me desligar um pouco dessa obsessão.

Até mais pessoal!