domingo, 9 de fevereiro de 2014

Touch (série)

Hello pessoal!

Já fazia um bom tempo que eu não postava uma resenha de série por aqui, não é?  Pois bem, hoje venho trazendo a resenha de Touch! Aproveitem!



Título: Touch
Autor: Tim Kring
Gênero: Drama
País de origem: Estados Unidos
Principais do elenco:
Kiefer Sutherland como Martin Bohm
David Mazouz como Jacob Bohm (Jake)
Maria Bello como Lucy Robbins
Saxon Sharbino como Amelia Robbins
Lukas Haas como Calvin Norburg
Said Taghmaoui como Guillermo Ortiz
Gugu Mbatha-Raw como Clea Hopkins
Danny Glover como Arthur Teller
Bodhi Elfman como Avram Hadar
N° de temporadas: 2
N° de episódios: 26 (13 para cada temporada)
Período de emissão: 25 de janeiro de 2012 a 10 de maio de 2013
Emissora de TV: FOX


No início do ano passado, quando eu não estava ainda tão viciada em dramas coreanos (rsrs), comecei a procurar por boas séries americanas para assistir (e foi nessa época também que eu descobri Breaking Bad - uma das minhas séries preferidas) e entre elas resolvi assistir Touch.

Logo no primeiro episódio, percebi certa semelhança desta série com Heroes.

“Pessoas especiais com habilidades especiais... Uma atmosfera misteriosa, onde tudo parece estar conectado, e essas pessoas, de algum jeito, são a chave para unir as “pontas soltas”, como se estivessem completando um quebra-cabeça do destino. Desta forma, elas conseguem salvar vidas e impedir grandes conflitos”.

A semelhança com Heroes estava tão evidente que rapidamente eu descobri que a ambas as séries possuíam o mesmo criador: Tim Kring. E graças a isso, além de assistir Touch, eu também resolvi terminar de assistir Heroes, que é uma das séries que eu mais amo.

Touch tem como protagonista o ex-repórter Martin Bohm e seu filho Jacob Bohm (que é chamado de Jake). 

Martin e seu filho Jake
Martin ficou viúvo após os ataques terroristas de 11 de setembro (sua esposa trabalhava no World Trade Center). Depois da morte de sua esposa, ele deixou sua carreira de lado e teve de assumir a responsabilidade de criar sozinho o seu filho Jake de 11 anos de idade. Porém, essa tarefa não é nada fácil, pois Jake é um garoto especial com tendências autistas (ele não fala, não gosta de ser tocado e tem uma percepção diferente do mundo que o rodeia).



Apesar de nunca ter dito sequer uma palavra, Jake tem uma fascinação extrema por números e padrões numéricos. Essa obsessão do garoto acaba revelando um dom extraordinário: Jake tem a incrível habilidade de perceber os padrões numéricos que interligam todas as vidas no planeta, como uma espécie de “efeito borboleta”.

Ao perceber que Jake está tentando se comunicar através dos números, Martin resolve seguir todas as orientações que seu filho lhe dá por meios desses padrões numéricos. Desta forma, sua missão acaba se tornando a de decifrar todos os enigmas impostos por Jake e consequentemente interferir no destino de muitas pessoas ao redor do mundo.



Tim Kring sempre me surpreende com seus enredos inteligentes. Touch é uma série que mostra de uma forma imprevisível como todos os seres humanos do planeta Terra podem estar conectados através de uma única rede/teia. Os padrões numéricos que Jake descobre são capazes de “prever o futuro” e guiar Martin para concertar as coisas que estão fora desses padrões.


"Há 31.530.000 segundos em um ano, mil milissegundos em um segundo. Um milhão de microssegundos. Um bilhão de nanossegundos. E a única constante conectando os nanossegundos aos anos… é a mudança. O universo do átomo à galáxia, está em um terno estado de fluxo. Mas nós humanos não gostamos de mudança. Nós lutamos contra. Isso nos assusta. Então criamos a ilusão da estase. Queremos acreditar em um mundo em repouso. O mundo do agora. Contudo, nosso grande paradoxo permanece o mesmo… No momento em que alcançamos o “agora”… esse “agora” já se foi. Nós nos agarramos a imagens. Mas a vida são imagens em movimento. Cada nanossegundo é diferente do outro. O tempo nos força a crescer. A nos adaptar. Pois toda vez que piscamos… o mundo muda sem percebermos. Todo dia, todo momento, em todo nanossegundo… o mundo muda. Elétrons batem uns nos outros e reagem. Pessoas colidem e mudam o caminho umas das outras. Mudança não é fácil. Constante, é complicado e difícil. Mas talvez seja uma coisa boa. Porque a mudança é o que nos fortalece, o que nos torna resistentes e nos ensina a evoluir”. Jake Bohm


cr. touchbrasil tumblr


Primeira Temporada



Martin vive “rolando” de emprego em emprego enquanto se esforça para cuidar de seu filho especial. O garoto Jake está sempre fugindo da escola e arrumando problemas. Por causa disso, Martin começa a ser questionado sobre sua capacidade de se responsabilizar por uma criança autista. Após receber a visita de uma assistente social chamada Clea Hopkins, Martin fica com medo de perder a custódia de seu filho e, para que isso não aconteça, ele resolve tentar se aproximar mais de Jake.
Tentar se comunicar com uma criança que nunca disse sequer uma palavra não é nada fácil.  Porém, Martin percebe que seu filho é capaz de se comunicar de outra forma mais evoluída: Através dos números.
Jake quer que seu pai “siga” os números, e Martin acaba fazendo suas vontades. A partir daí, mesmo sem perceber, Martin começa a interferir nos destinos das pessoas. Por mais simples que seja sua ação, a reação que ela desencadeia pode salvar uma vida do outro lado do mundo.
No entanto, enquanto Martin passa o dia todo seguindo os números e “cumprindo sua missão”, os riscos de perder a custódia de seu filho só aumentam.
A curiosidade de Martin sobre os padrões numéricos encontrados por Jake o levam a conhecer Dr. Teller, um professor e pesquisador que vinha estudando essas habilidades especiais em crianças. Teller diz que Jake encontrou a mesma sequência de Amelia, uma garota especial que desapareceu sem deixar vestígios.


Dr. Teller

Depois de tentar investigar o paradeiro de Amelia no mesmo local onde Jake recebe seu tratamento, Telller acaba sendo encontrado morto.
Martin fica chocado com a morte repentina do professor, e para investigá-lo mais a fundo, vai até o seu antigo escritório, onde conhece Avram, um judeu chassídico que sabe das pesquisas de Telller e aponta Jake como sendo um dos 36 justos (ou seja, segundo a “profecia”, há mais 35 pessoas que possuem a mesma capacidade que Jake tem de interferir nas interconexões da humanidade).


Jake e Avram

Clea Hopkins (a assistente social) descobre que uma organização chamada Aster Corps está muito interessada nas habilidades de Jake, e ao que tudo indica, essa poderosa organização também está envolvida no desaparecimento de Amelia.
Martin se desespera ao saber que a Aster Corps está querendo roubar o seu filho, mas com a ajuda de Clea, ele e Jake conseguem fugir da cidade.
Recebendo as instruções silenciosas de Jake, os dois chegam até a um cais em Los Angeles, onde encontram Lucy Robbins, a mãe de Amelia, que está desesperada em busca de sua filha.


Jake, Martin e Lucy


Segunda Temporada



A segunda temporada da série foca-se na busca desenfreada por Amelia. Lucy e Martin juntam suas forças e, com a ajuda de Jake, tentam desvendar os mistérios que envolvem a perigosa Aster Corps e um homem chamado Calvin Norburg, a fim de descobrirem o verdadeiro paradeiro de Amelia (que tem o mesmo dom de Jake).


Amelia
Calvin Norburg
Há também certo destaque para Guillermo Ortiz, um ex-sacerdote que se tornou assassino, cujo objetivo é matar todos os 36 justos. Segundo ele, a ordem natural do universo precisa ser restaurada, tendo Deus como único interventor das conexões humanas. Ortiz vê como sua grande missão destruir, um por um, cada pessoa com habilidades especiais, inclusive Jake. A partir daí, o menino corre perigo de vida e seu pai tenta protegê-lo a qualquer custo.


Guillermo Ortiz


Eu e meu maldito azar das séries canceladas


Oh não! De novo não!

Bom, pessoal, se vocês já leram as outras resenhas de séries que eu postei aqui, sabem muito bem do que eu vou falar agora.
Touch, assim como a 80% das minhas séries preferidas, foi cancelada por causa da baixa audiência. Às vezes eu fico chocada ao pensar como isso continua acontecendo de novo e novo, parece até uma maldição kkkk 
Pelo menos Touch teve um final mais decente do que Heroes. Apesar de ter ficado aberto a uma continuação, o ciclo da temporada foi fechado de forma a não haver tantas coisas pendentes para as próximas temporadas, ao contrário de Heroes, onde isso não aconteceu.




Touch foi uma série que me impressionou desde o primeiro episódio (na verdade, o episódio piloto me levou as lágrimas no final). E, além disso, foi uma surpresa muito boa encontrar uma série tão parecida com Heroes e ao mesmo tempo diferente. Fiquei triste por ela ter sido cancelada (eu esperava pelo menos mais uma ou duas temporadas), no entanto, foi bom enquanto durou.

O maior destaque da série para mim, além de seu próprio enredo genial, foi à atuação estupenda de David Mazouz (que interpreta Jake). Esse garoto me cativou completamente. Sua postura sempre parecida com a de uma criança autista e ao mesmo tempo tão seguro de si pela sua genialidade ao lidar com os números (e os destinos das pessoas). David foi capaz de retratar isso de uma forma tão marcante que eu mesma penso que outro ator mirim não seria capaz de fazer melhor.




Os 26 episódios de Touch podem não ter sido perfeitos, porém, eles seguiram uma linha de desenvolvimento que me agradou bastante. É por isso que eu faço questão de recomendar essa série, pois o enredo dela é para quem gosta de ser surpreendido. 


Jake e Amelia

Então... É isso! Assistam Touch, vale a pena dar uma conferida!

Bom, pessoal, acho que vou ficando por aqui. Espero que tenham gostado da resenha. (parece que ela ficou um pouco pequena? hum.. não sei... Foi o máximo que eu pude fazer, se eu escrevesse mais do que isso, voariam spoilers para todos os lados kkkk)

Até mais!

“Apesar de toda nossa tecnologia de comunicação, nenhuma invenção é tão eficiente quanto o som da voz humana. Quando ouvimos a voz humana, instintivamente queremos ouvi-la, esperando
entendê-la. Mesmo quando o locutor está procurando as palavras certas, mesmo quando tudo que ouvimos são gritos, choros, ou cantos. É porque a voz humana soa diferente de tudo no mundo.
Por isso ouvimos cada pessoa no meio de uma orquestra. Sempre ouvimos o cantor,
não importa o que o rodear. “




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