Olá gente boa, olha eu aqui de novo!
Passando rapidinho só para postar o capítulo 3 da fanfic Amigos de infância... E já vou logo avisando: Meu humor estava perverso quando escrevi esse capítulo muahahahahahahahaha
Na verdade, quando eu comecei a escrever esse capítulo, estava pensando: Droga! Não faço a mínima ideia do que escrever!
Daí, minutos depois, lá estava eu completamente imersa na minha mente maligna hehehehe Quando dei por mim, já tinha escrito mais do que devia (cada capítulo deve ter um número mínimo de páginas, e nesse caso, o capítulo 3 ultrapassou um pouquinho esse limite).
Bom, mas deixando de lado as minhas loucas inspirações, vamos ao que interessa!
Capítulo 3
O fim de semana passou muito mais rápido do que se podia
imaginar. Um dia de aula novamente havia chegado. Kyoko e Shotaro estudavam no
mesmo colégio, e ainda por cima, na mesma turma. Por isso, eles sempre iam à
escola juntos, algo que deixava Shotaro de mal humor.
-Aqui vamos nós de novo! –resmungou o garoto, ajeitando sua
mochila nas costas, enquanto ele e Kyoko já avistavam os portões do colégio.
Os dois entraram na grande escola e caminharam pelos
corredores que levavam até as salas de aula.
-Você fez sua lição de casa? –perguntou Kyoko, ao mesmo tempo
em que percebia os olhares revoltosos de outras garotas em sua direção.
-É claro que fiz! –respondeu Shotaro de maneira rude.
-Fez mesmo? Ontem eu perguntei se você tinha feito e você
disse que não... –insistiu ela, com uma expressão desconfiada.
-Você está parecendo a minha mãe! Maldita hora em que eu fui
aceitar estudar nesse colégio! Agora, como se não bastassem às cobranças da
minha mãe, você também vai ficar me dando sermão? –resmungou ele, aborrecido.
-Eu? Mas... Mas eu não fiz nada! Eu só perguntei... –gaguejou
Kyoko, tentando se explicar.
-Idiota! – disse ele, e logo depois adentrou a porta da sala
de aula, enquanto Kyoko acabou sendo barrada por um grupo de três garotas mais
velhas que eram de outra turma.
Kyoko esticou o pescoço para tentar ver Shotaro e pedi-lhe
ajuda, porém, ele já estava distraído conversando com algumas garotas, e mesmo
que ela gritasse por socorro, provavelmente isso só iria aborrecê-lo.
-Então... Será que podemos ter uma conversinha? –perguntou uma
garota alta de cabelos longos e ruivos, a líder do grupo, que estampava no rosto
um sorriso mal intencionado.
-É... Eu... Tenho que ir pra aula agora... –antes que Kyoko
pudesse terminar de falar, as outras duas garotas do grupinho agarraram cada um
de seus braços e a levaram para longe da sala. –Ei! Para onde vocês estão me
levando? –perguntou ela, assustada.
-Um lugar mais sossegado... –respondeu a garota ruiva com um
sorriso maligno no rosto.
O grupo de garotas, juntamente com Kyoko, foi até a um lugar
mais isolado em um dos corredores, próximo à lavanderia do colégio.
-Ouvi dizer que você e Sho-san moram juntos, isso é verdade?
–perguntou a garota ruiva, que se chamava Karin e já não sorria, pelo
contrário, parecia muito brava.
-Sim... Mas... Qual o problema? –perguntou Kyoko, já sentindo
seu coração na boca.
-Vocês são irmãos? –perguntou uma das garotas que segurava o
braço de Kyoko.
-Vocês são pelo menos parentes? –perguntou a garota que
segurava o outro braço.
-N...Não... Somos amigos de infância... Os pais dele cuidaram
de m... –gaguejou a garota, e foi interrompida bruscamente por Karin.
-Então vocês são namorados e moram juntos, é isso? –perguntou
Karin em voz alta, deixando Kyoko cada vez mais assustada.
-Não! Nós não somos namorados! -respondeu Kyoko, desesperada,
enquanto as outras garotas fuzilavam-na com os olhos e a empurravam contra a
parede.
-Não são? Acha que nós não percebemos a maneira como você
olha pra ele? -falou Karin, com um olhar de fúria.
-Não somos namorados! Eu juro! Eu juro! –insistiu Kyoko,
quase lacrimejando de tanto medo.
-Tudo bem... Se você está dizendo que não... Nós vamos
acreditar em você... –disse Karin, fazendo um gesto para que as duas garotas
que estavam prendendo Kyoko a soltassem. –Bem, eu estava pensando que, já que
você não é namorada do Sho-san, talvez você pudesse dizer a ele que eu quero
vê-lo a sós?
-Hã? Por que você quer vê-lo a sós? –perguntou Kyoko, confusa,
porém um pouco mais aliviada.
Karin olhou para Kyoko e fingiu uma expressão tímida e fofa,
que mais parecia uma expressão assustadora.
-É... É que eu gosto dele... Se você pudesse me fazer esse
favor, eu gostaria de confessar meus sentimentos! Será que você não pode me
ajudar a ter um encontro com ele? –perguntou ela com uma voz irritante e
melosa. Kyoko ficou surpresa.
-Hein? Eu... Não sei... Sho-san não gosta de ser incomodado
com essas coisas... –respondeu a garota, desviando o olhar, hesitante.
-Se você não me ajudar eu vou pensar que você está com
ciúmes! – disse Karin em tom de ameaça.
Kyoko permaneceu em silencio por alguns segundos, pensativa. Logo
depois, respondeu com seriedade:
-Não posso fazer isso, se eu fizer, Sho-san ficará zangado
comigo!
Karin encarou Kyoko com os olhos indignados.
-Hã? Quer dizer que você não vai atender ao meu pedido?
–perguntou ela, furiosa.
-Eu não posso! –insistiu Kyoko.
Karin franziu a testa e semicerrou os olhos, olhando para
Kyoko como se ela fosse sua pior inimiga. Depois, sorriu de maneira mal
intencionada.
-A mochila! Tirem a mochila dela! –ordenou Karin, e as duas
garotas praticamente arrancaram a mochila das costas de Kyoko.
Kyoko lutou e tentou pegar sua bolsa de volta, mas tudo o que
conseguiu foi levar um empurrão que a fez cair no chão e machucar seu joelho.
Karin tomou a mochila das mãos de sua amiga e abriu todos os
zíperes. Depois disso, ela virou a bolsa de cabeça para baixo fazendo com que
tudo o que havia lá dentro caísse no chão.
-O que você está fazendo? –perguntou Kyoko, e tentou pegar de
volta suas canetas, agenda e caderno que estavam no chão, porém, foi impedida
pelas amigas de Karin, que chutaram suas coisas para longe. –Por que estão
fazendo isso?! –disse a garota com uma voz de choro.
Karin andou até a janela mais próxima e arremessou a mochila
vazia. Os olhos de Kyoko se encheram de lágrimas, porém, ela engoliu o choro e
não deixou as lágrimas caírem.
Karin se aproximou de Kyoko e a encarou bem de perto com uma
expressão cheia de satisfação.
-Da próxima vez que você negar um pedido meu, é você que será
arremessada por aquela janela, entendeu? –ameaçou ela, com um sorriso maléfico.
–E é melhor você se afastar do Sho-san enquanto eu estou sendo boazinha!
Kyoko permaneceu quieta, sem dizer uma palavra, sentada no
chão, até que as garotas finalmente resolveram deixá-la em paz.
Minutos depois, Kyoko estava voltando para a sala de aula com
sua mochila toda suja e amarrotada (a garota encontrou a mochila aterrissada
num canteiro de plantas nos fundos do colégio). Entrou na sala e todos a
encararam, porém, ela ficou surpresa por não ver a professora. Sentou-se ao
lado de Shotaro, como de costume.
-Onde está a professora? Achei que eu estivesse atrasada...
Ela ainda não chegou? –perguntou a garota, e Shotaro a encarou com uma
expressão cheia de revolta.
-Você está louca? Como você pode ficar até essas horas
conversando com suas amigas e perder o começo da aula? É claro que a professora
já chegou! Ela apenas saiu da sala por que recebeu um telefonema da diretoria!
–repreendeu ele, de maneira rude.
Kyoko o encarou com uma expressão triste e magoada.
-Eu sinto muito... É que eu tive uns prob... –antes de
completar a frase, Kyoko foi interrompida pelo garoto, que estava indignado.
-E ainda tem coragem de me dá sermão por não ter feito a
lição de casa! Sua hipócrita! Se você queria matar aula, então por que voltou?
Devia ter ficado lá onde você estava! –falou ele rudemente em alto tom de voz,
e todos os alunos da sala os observavam.
-Sho-san, me desculpe... Eu não queria me atrasar, sinto
muito! –disse ela, quase chorando.
De repente, a professora entra na sala de aula e todos os
estudantes se ajeitam nas suas cadeiras, como se nada estivesse acontecendo.
Kyoko e Shotaro também se recompõem.
-Aconteceu alguma coisa? –perguntou a professora,
desconfiada. –Estranho... A sala está muito silenciosa...
A professora olha para a terceira cadeira da segunda fila e
vê Kyoko. Ela faz uma expressão confusa, como se estivesse tentando se lembrar
de algo.
-Mogami-san, você não estava aqui quando a aula começou, sim?
Lembro-me perfeitamente que Shotaro estava sozinho, não havia ninguém ao lado
dele. –disse ela, aproximando-se da garota. –Por que você chegou atrasada?
Kyoko evitou fazer contato visual com a professora, apenas
ficou com a cabeça abaixada, muito nervosa.
-Mogami-san, você ouviu minha pergunta? –insistiu a
professora, séria. –Mogami-san, responda-me!
Uma pequena gota de lágrima caiu sobre a mesa de Kyoko,
porém, antes que todos percebessem que ela estava chorando, alguém se
intrometeu na conversa.
-Professora, minha mãe não estava se sentindo muito bem hoje pela
manhã, por isso ela pediu a Kyoko que ficasse ao lado dela... Minha mãe não
poderia me fazer esse pedido, pois ela sabe que eu não sou bom quando se trata
de paparicar uma pessoa doente, então ela acabou pedindo esse favor à Kyoko...
Entende? Por isso Kyoko acabou se atrasando para a aula! –explicou Shotaro, e
Kyoko o encarou com os olhos surpresos.
-Ah... Então foi isso? Fuwa-kun, por que não me disse antes?
Se você tivesse me dito, eu não teria tratado Mogami-san como uma criminosa!
–ralhou a professora de modo gentil, sorrindo para Kyoko e afastando-se em
direção à sua própria mesa. -Desculpem a demora! Vamos dar continuidade à aula!
–completou ela, em alto tom de voz para que toda a turma ouvisse.
Kyoko continuava olhando para Shotaro, como se estivesse
contemplando-o. Sem perceber, ela deixou escapar um sorriso tímido e doce, cheio
de alegria e satisfação. Shotaro olhou para ela com uma expressão de
desaprovação. Fez uma mímica engraçada ordenando através de gestos que ela
deixasse de olhar para ele e começasse a prestar atenção na aula. Kyoko alargou
ainda mais o sorriso e obedeceu as suas ordens, voltando seus olhos para o
quadro-negro.
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