quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Encontro Fatal (parte 1)



Olha eu aqui de novo!

Finalmente consegui terminar a primeira parte da fanfic de Skip Beat. Isso mesmo! Essa é apenas a primeira parte, provavelmente terá mais duas ou três (dependendo da minha inspiração rsrs).

Espero que gostem, pois essa fanfic foi algo que veio na minha mente repentinamente, não sei até onde ela vai me levar, mas espero conseguir fazer um bom final.

Ah, e já ia me esquecendo de dizer, essa fanfic é uma teoria para o capítulo 192 de Skip Beat (uma teoria bem improvável, mas ainda assim, uma teoria).



Disclaimer: Os personagens, cenários, enredos e situações familiares referidos são de Skip-Beat!, mangá de autoria de Yoshiki Nakamura. Essa história não possui fins lucrativos.


Parte 1 

Kyoko não sabia o que fazer. Seu semblante lembrava o de uma criança assustada, como se estivesse com medo dos monstros escondidos no armário. Sim, era isso que estava sentindo naquele momento.
Depois de tentar se explicar para Tsuruga-san, acabou sendo afetada pela sua aura demoníaca. Ficou tão assustada que no momento em que ele a convidou para jantar no restaurante mais caro de Tóquio, ela simplesmente aceitou sem pestanejar, esquecendo-se completamente do que tinha prometido a si mesma. Seu temor foi maior, o temor de que ele pudesse odiá-la para sempre. Por que ele a convidaria para sair naquele momento? O que Tsuruga-san pretende? Ela não sabia e tinha medo de imaginar o que poderia ser. E se ele tiver um plano diabólico contra a pobre donzela? NÃO! DEFINITIVAMENTE TSURUGA-SAN NÃO FARIA NADA QUE PUDESSE MANCHAR A SUA HONRA! Mas, e aquele olhar malicioso e assustador? Kyoko poderia ter fugido naquela hora, mas estava com medo de perder o único sentimento que não quer admitir que sente, acabou ficando parada, estática, congelada em seu medo mortificante, e o pior, deixou-se prender na armadilha do destino e aceitou um encontro com a pessoa mais sedutora e misteriosa que ela já conheceu em seus 17 anos!
Com todos os conselhos que já recebeu daquele homem, sabia que não poderia pedir a ajuda de nenhum rapaz para conseguir o que vestir. Então, o que faria agora? Não tinha vestidos bonitos, não tinha nem ao menos a elegância de uma pessoa que pudesse chegar até a entrada daquele restaurante cinco estrelas só para dar uma olhada, nem entraria, apenas chegaria perto, nada mais. Kyoko sabia que nem mesmo isso ela podia fazer. Nunca se achou elegante ou bela o suficiente para entrar num restaurante chique e ser tratada como uma princesa. Ela sempre fora a serviçal. Talvez Moko-san pudesse ajudá-la. Sim! Essa era a melhor ideia! Procurar Kanae e pedir-lhe ajuda para arrumar uma roupa adequada e maravilhosos cosméticos. Assim, ela agiria da forma que sempre faz quando interpreta Natsu ou Mio, uma garota arrogante que pensa que o mundo está aos seus pés, não de forma que possa desfrutá-lo, mas sim de forma que possa confrontá-lo. Porém, Kyoko se esquece do principal, estará ao lado de Tsuruga Ren, não poderá atuar, terá de ser ela mesma, pois é isso o que ele quer, e foi muito específico quando disse: “Sei que vai se sentir deslocada, mas seja você mesma, não finja, pois eu estarei lá para protegê-la”.  Por que ele teve que dizer isso? Proteger? Quem ele pensa que é? Um cavaleiro de armadura brilhante?
Quanto mais pensa, mais sua mente lhe prega peças. Sua imaginação que corre léguas, que acredita em contos de fadas e que um dia se enganou achando que um sapo era um príncipe encantado (Shotaro).  Mas, restava uma luz no fim do túnel: Poderia tentar convencer Tsuruga-san de que ir no restaurante mais “badalado” de Tóquio seria um total despropósito, pelo simples fato de que a mídia sensacionalista faria um escândalo, publicando diversos artigos sobre o famoso Tsuruga Ren acompanhado de uma “colega de trabalho” (as aspas, nesse caso, significam que são muito mais que colegas) no restaurante mais caro de Tóquio.

O telefone toca. Os pensamentos de Kyoko saem voando pela janela. Hesitante em primeiro momento, a garota atende ao telefone, um pouco temerosa.
-Alô?
-Mogami-san?
-T-Tsuru...Tsuruga-san?
-Só queria lembrá-la de que nosso encontro é amanhã!
-Mas... Você já não me disse isso ontem? Porque me ligar e falar tudo de novo? Eu não esqueci!
-Não quero que você invente alguma desculpa e fuja de mim!
As últimas palavras de Ren atravessaram Kyoko como uma espada afiada. Fugir de mim? Será que ele lê o pensamento das pessoas? Pois era isso mesmo que ela estava pensando em fazer naquele momento.
-Tsuruga-san... Sei que você está animado com esse encontro, mas existem muitos fatores importantes que nos impedem de ir nesse restaurante!
-Quais? A mídia sensacionalista que fará um escândalo publicando artigos dizendo que somos um casal?
Kyoko congela. SIM! DEFINITIVAMENTE TSURUGA-SAN LÊ PENSAMENTOS! Depois de se recuperar de seu choque, a garota respira fundo e continua a argumentar:
-E você não se importa com isso? Afinal, o que dirão suas fãs?
-Eu cuido disso depois. Agora, você deve ter certeza de que eu não desistirei de nosso encontro, esse é o seu castigo por sair para comer com aquele rapaz que te fez sofrer e que eu odeio!
-Hã? Tsuruga-san, eu já expliquei mil vezes que não fiz aquilo porque quis, ele me obrigou a entrar no carro, eu estava atrasada e com fome...
-Não importa! Você ficou muito tempo dentro daquele carro junto com aquele sujeito!
Kyoko não entendia, ou apenas fingia não acreditar. Será que ele estava com ciúmes? NÃO!DEFINITIVAMENTE NÃO! Kyoko se recusa a admitir que essa brincadeira seja algo relacionado a sentimento. Apesar de tanta negação, uma pergunta presa em sua garganta escorrega até seus lábios.
-Tsuruga-san, eu sou especial para você?  -Kyoko se assusta com as próprias palavras e tenta concertar. -Digo... Especial como um parente ou amigo próximo...?
Do outro lado da linha não se ouve nada. Só o pequeno e sonoro barulho da respiração de Ren. Qual o problema? Ele não vai responder? Silêncio.
-Mogami-san...
Silêncio novamente. Depois, algo se ouve, porém muito baixo, não dá para entender.
-Tsuruga-san? Ainda está aí?
-Sim, estou. Sinto muito, aconteceu algo aqui e eu acabei me distraindo... Sobre o que você me perguntou, eu darei a resposta em nosso jantar amanhã.
Por algum motivo desconhecido, Ren estava com uma voz rouca e deprimida quando disse essas ultimas palavras. Desligou.
 E agora? Estaria mesmo condenada a participar desse jantar? Resolveu ligar para sua melhor amiga, para que juntas, pudessem pensar em uma desculpa ou, em último caso, escolher uma roupa apropriada e um penteado casual.
Kanae não demorou muito a chegar. Não era de seu feitio ser uma pessoa que se atrasa para compromissos, apesar de que para ela isso não era um compromisso, era mais como uma obrigação.
Quando chegou, não fez a menor cerimônia e entrou desarrumando todo o guarda roupa de Kyoko, procurando algo que nunca achava.
-Um vestido vermelho!
-O QUÊ? Por que eu preciso usar um vestido vermelho?
-Para ficar deslumbrantemente irreconhecível! Além disso, sua maquiagem deverá ser muito pesada, batom vermelho, sombra escura, olhos muito bem delineados e quem sabe até uma lente de contato! Você tem lentes de contato?
-Não... Mas por que eu preciso ficar irreconhecível?
- Isso não é óbvio? Você precisa ficar irreconhecível para não ser reconhecida pela mídia!
-Não podemos simplesmente pensar em uma desculpa qualquer, como a de eu estar doente ou ter me machucado?
-Acha que ele vai acreditar nisso? Ele é Tsuruga Ren!
-Tem razão... Você acha que um pouco de maquiagem servirá para despistar aqueles cães farejadores?
-É claro que sim! Talvez você ainda não tenha percebido, mas fica realmente mudada apenas com um pouco de maquiagem e uma roupa diferente! Além do mais, você deve ligar para Ren e pedir que ele faça uma reserva em nome de... Catherine!
-Quem é Catherine?
-É você, sua idiota! Ainda não entendeu meu plano? Você usará um nome falso! Assim eles não conseguirão nenhuma pista sobre sua verdadeira identidade!
-Então não correremos riscos de sermos taxados como um casal?
-Isso mesmo! Os dois ficarão livres de um escândalo maior!
Kanae estava empolgada com aquele desafio, transformar sua melhor amiga em uma mulher deslumbrante chamada Catherine.
-Espere, Moko-san!
-O que foi agora?
-Tsuruga-san... Ele disse que não quer que eu finja ser outra pessoa, devo ser eu mesma...
-Mas você será você mesma! Tenho certeza de que quando ele falou “seja você mesma”, ele quis dizer para você usar a sua personalidade, e não atuar. Certamente ele não se referia à aparência, sendo assim, você pode continuar sendo você mesma apenas com uma aparência diferente, mas no fundo, continuará a mesma Kyoko de sempre.
Kanae encara sua amiga de um jeito autoritário, como se dissesse: “Aceite meu plano ou então morrerá”. Kyoko não parece convencida, mas lembra-se de que mesmo quando estava vestida com as roupas compradas por Kijima, ela se sentia a mesma pessoa que sempre foi, então, talvez Tsuruga-san aceitasse que ela mudasse seu visual apenas para despistar os Paparazzi.
-Ligue para ele!
-Não!
-Ligue!
-Não posso!
-Porque não?
-Ele acabou de me ligar!
-Sua idiota, por que não me contou isso antes? O que ele falou?
-Nada demais...
-Ah é? Então por que você está com uma cara de quem está escondendo alguma coisa?
-Não estou escondendo nada e não vou ligar para ele!
-Tudo bem! Já pensou como será quando todos da LME lerem o artigo com o título: “ Kyoko e Tsuruga Ren estão tendo um caso!”
-NÃO! MOKO-SAN! NÃO! TUDO MENOS ISSO! Minha reputação! Minha carreira como atriz!
-ENTÃO LIGUE PARA ELE! AGORA!
Kyoko obedeceu. Ligou para Ren, ficou constrangida, porém tomou coragem e contou seu plano (ou melhor, o plano de Kanae), e ele, por incrível que pareça, aceitou tudo sem dizer nada mais que um simples “sim”.
Estava tudo resolvido. Ou não. Kyoko não tinha nenhum vestido vermelho. Mas isso não era motivo de desespero. Kanae foi até sua casa e pegou um de seus vestidos mais sensuais. Era vermelho vivo, com um decote acentuado, porém não muito vulgar. Tinha umas pedrinhas que formavam o desenho de uma flor bem perto da cintura.
-Moko-san, é lindo!
-Eu sei!Tenho bom gosto!
-Mas, Moko-san... Esse vestido não é muito curto?
-Claro que não, pare de colocar defeito em tudo!
Kanae se encarregou de todos os preparativos para o dia seguinte. Antes de ir, disse a sua amiga que procuraria uma revista de maquiagem e escolheria a mais bonita para fazer em Kyoko, o mesmo para o penteado, que ela já tinha em mente. Despediu-se e foi descansar em sua casa.
A noite foi muito assustadora. Assim que adormeceu, Kyoko teve dois pesadelos. Em um deles, a garota estava no restaurante, quando, sem querer, esbarra no garçom e ele acaba tropeçando e arrancando sua peruca, fazendo com que sua verdadeira identidade fosse revelada para toda a mídia que se encontrava ali. No outro sonho, Kyoko é abordada por mil repórteres que lhe fazem uma infinidade de perguntas. Ela fica tão atordoada que acaba contando a verdade.
Será que esses sonhos são um mau presságio? Será que mesmo depois de todos os esforços, Kyoko não conseguirá esconder quem realmente ela é?

Continua... 



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