sábado, 6 de outubro de 2012

Encontro Fatal (Parte 4)


Olá pessoal, tudo bom com vocês?
Finalmente consegui terminar a parte 4 da fanfic de Skip Beat! Apesar de achar que não ficou tão boa quanto eu gostaria, pois tive alguns probleminhas de inspiração (algo que raramente acontece, pois tenho muita criatividade). Decidi também que a parte 5 de Encontro fatal será o final da fanfic.

Mudando de assunto, gostaria de compartilhar a minha alegria por ter visto hoje em um site brasileiro de HQs, o mangá 20th Century Boys, uma das minhas obras favoritas criada pelo meu ídolo Naoki Urasawa, que acabou de ser lançado pela editora Panini no Brasil. Finalmente poderei comprá-lo! Minha ansiedade era tanta que todos os dias eu pesquisava na internet para ver se encontrava alguma notícia relacionada ao lançamento do primeiro volume.

E, além disso, para a minha alegria ser maior, encontrei no site tieba baidu, o capítulo 193 de Skip Beat! Está em chinês, mas de qualquer forma, mesmo não entendendo a língua, só de ver as imagens isso nos deixa menos ansiosos (e mais curiosos rsrs). Clique aqui para conferir.


Agora, vamos ao que interessa:


Disclaimer: Os personagens, cenários, enredos e situações familiares referidos são de Skip-Beat!, mangá de autoria de Yoshiki Nakamura. Essa história não possui fins lucrativos.


Parte 4


-Parece que os despistamos! –disse Ren, olhando atento para o retrovisor do carro. 

-Ufa! Não quero nem imaginar as manchetes das revistas amanhã... - disse Kyoko, tirando a peruca de cabelos negros e revelando suas madeixas alaranjadas. 

Os dois estavam dentro do carro de Ren. Depois de terem fugido do restaurante e serem perseguidos por uma vã, finalmente estavam livres dos olhos da mídia. Kyoko estava com as mãos juntas, seguravam a peruca e apertavam-se contra os joelhos. Mantinha a cabeça um pouco abaixada e parecia perdida em seus pensamentos. 

-Não! –alarmou Ren. –Saímos sem pagar! Amanhã toda a mídia ficará sabendo que eu fui ao restaurante mais caro de Tóquio e saí sem pagar! 

Kyoko levantou a cabeça e mostrou uma expressão de aborrecimento, que ao mesmo tempo era cômica. 

-Tsuruga-san... Sinto pelo que eu vou lhe dizer agora, mas... A mídia não estará interessada no que você pagou ou deixou de pagar! Eles estarão interessados é na garota que acompanhava você! A garota que você estava abraçando diante de todos! 

-Talvez você tenha razão... 

-E, além disso, o garçom derrubou toda a nossa comida! Nós não tínhamos nenhuma obrigação de pagar por algo que nem sequer chegou a nossa mesa! 

-De qualquer forma, sabe quanto custa aqueles dois pratos junto com o champanhe? 

-Não... É tão caro assim? 

-Nem queira saber... 

Kyoko voltou a abaixar a cabeça. 

-Não consigo parar de pensar naquelas câmeras... Todos aqueles flashes... Estou perdida, eles vão me reconhecer! 

Ren parou o carro no acostamento de uma estrada. O lugar era mal iluminado, e, além disso, parecia totalmente isolado e distante de qualquer coisa que um dos dois pudesse reconhecer. Kyoko não percebeu o quanto estava distante de casa, a única coisa que habitava seus pensamentos naquele instante eram as manchetes de fofocas do dia seguinte. Ren tirou as mãos do volante e suspirou. 

-Mogami-san... Sobre o que eu disse... 

-ESTOU PERDIDA!– Disse Kyoko desesperada, como se não tivesse escutado o chamado de Ren ou fingido não escutar. - OS PAPAZAZZI VÃO ME CAÇAR ATÉ DESCOBRIR MINHA VERDADEIRA IDENTIDADE! 

-Mogami-san... 

-TALVEZ EU PRECISE SAIR DO DARUMAYA E VIAJAR PARA O EXTERIOR! USAR UMA IDENTIDADE FALSA ATÉ AS COISAS SE ACALMAREM! 

-Mogami-san... 

-NÃO POSSO FAZER ISSO! SE EU VIAJAR, O QUE ACONTECERÁ COM MINHA CARREIRA? SE EU FOR EMBORA SEM AVISAR, SAWARA-SAN E O PRESIDENTE VÃO ACHAR QUE EU DESISTI DE SER ATRIZ! 

-Mogami-san... 

-JÁ SEI! SIMPLESMENTE PODEMOS INVENTAR UMA DESCULPA QUALQUER SOBRE O ENCONTRO QUE TIVEMOS! ALGO COMO UM ENSAIO PARA UM FILME... É ISSO! VAMOS INVENTAR UMA DESCULPA BEM CONVINCENTE, ELES NÃO PODEM DUVIDAR DE NÓS! E MESMO QUE DUVIDEM... 

Antes que a garota continuasse falando de seu plano desesperado, Ren tirou as mãos do volante e acariciou o rosto da jovem, começando a se aproximar dela lentamente. Kyoko percebeu o que ele estava prestes a fazer e se afastou rapidamente, quase se encostando à janela do carro. 

-T-TSURUGA-SAN... O Q-QUE ESTÁ FAZENDO? –perguntou Kyoko, entrando em pânico. 

Ren se retrai e volta à sua posição no banco do motorista. 

-Estou chamando sua atenção! Tentei falar com você várias vezes, não me ouviu? 

-Hã? Sério? Juro que não ouvi... 

-Por favor, não se preocupe mais com isso, eles não vão te reconhecer! Você é uma atriz estreante e até agora seus maiores papéis foram de vilã, com características similares como o cabelo curto e o uniforme escolar! Quem em sã consciência poderia associá-la com uma mulher de cabelos compridos, maquiagem pesada e vestido curto? Além disso, eles já tentaram investigar sua vida pessoal? Sabem alguma coisa de sua vida fora do showbiz? 

-Hã? Não... 

-Viu? Não há motivos para tanta preocupação! 

-Tem razão... Sinto-me mais aliviada agora! –disse a garota sorrindo. –Mas... 

-Mas? 

Kyoko olha para os lados e percebe que eles estão num local estranho e escuro. 

-Que lugar é esse? 

-Não sei... –respondeu despreocupadamente, com o olhar fixo em Kyoko. 

Os dois ficam quietos de repente e a garota parece trêmula. 

-Qual o problema? –perguntou Ren, enquanto Kyoko olhava para ele e mostrava uma expressão amedrontada. 

-Tsuruga-san, é melhor voltarmos! 

-Por quê? Tem medo de que nós dois fiquemos sozinhos por muito tempo num lugar isolado? – perguntou o rapaz, mostrando um olhar malicioso e um pequeno sorriso no canto da boca. 

Kyoko arregalou os olhos e abraçou a si mesma numa tentativa de se proteger. Já estava quase chorando. 

-T-T-T-TSURUGA-SAAAN! VOCÊ NÃO PODE! VOCÊ NÃO PODE! NÃO FAÇA NADA, POR FAVOR! 

Os dois se encararam por alguns segundos. Quando a garota achava que já era o seu fim, Ren começou a gargalhar. Kyoko ficou furiosa. 

-Você me enganou de novo? –perguntou ela, parecendo uma criança muito brava. 

-Mogami-san, sinto muito! Sinto muito mesmo! –disse o rapaz, tentando conter o riso. -Você já estava tão assustada que eu não resisti, perdoe-me! Eu prometo que não vou fazer nada... A menos... 

-A menos? 

-Deixa pra lá... Vamos voltar agora! 

Ren coloca as mãos de volta no volante. O carro começa a movimentar-se e vai para a segunda via da estrada na direção oposta. 

-Mogami-san, ainda me deve um jantar! 

-HÃ? POR QUÊ? 

-Ora, nós nem sequer comemos naquele restaurante! Talvez você pudesse cozinhar algo para nós! 

-Mas... Tsuruga-san, a sua casa... Não posso ir... E se os paparazzi estiverem lá? 

-Tem razão... Mas mesmo assim... Parece que o destino está ao nosso favor! Dois dias atrás aluguei um apartamento! 

-Apartamento? Que apartamento? 

-Yashiro me convenceu a renovar a pintura da minha casa, e enquanto os profissionais fizessem isso, eu ficaria no apartamento. O problema é que não consegui contratar ninguém de confiança, parece que nessa época do ano os pintores andam muito ocupados! 

-Entendi... Então você não foi ao apartamento? 

-Nem precisei ir! E o pior de tudo é que paguei por uma semana de estadia! 

-Que pena... 

-De qualquer forma temos sorte! Ainda podemos ir para lá! 

-Acha mesmo que é uma boa ideia? 

-Bom, se você não quiser ir, tudo bem... Mas tenha certeza de que eu não vou desistir do jantar! 

Kyoko acabou se convencendo de que não haveria problema algum se ela cozinhasse num apartamento misterioso que ninguém, exceto o próprio Tsuruga Ren e Yashiro-san, sabia onde se localizava. Mas algo ainda insistia em perturbar sua mente naquele momento. Kyoko teria de ficar sozinha com Ren mais uma vez. Por um lado, ele havia prometido que não faria nada, mas por outro, havia a bendita declaração. Sim, a declaração! A garota não tinha se esquecido da declaração no restaurante, só não havia tocado no assunto por que estava com medo da reação de Ren. Talvez ele estivesse apenas brincando quando insinuou que sentia “algo mais” por ela. Mas e se não estivesse? O que ela faria? Que resposta daria? 

Kyoko resolveu expulsar esses pensamentos da sua cabeça e continuou fingindo que havia se esquecido do que aconteceu no restaurante antes do ataque dos paparazzi. 

-Algum problema? –perguntou Ren, percebendo a expressão preocupada da garota. 

-Não... Está tudo bem... Já estamos chegando? 

-Ah sim! O apartamento é logo naquela rua! 

O carro finalmente parou em frente a um apartamento com uma fachada simples, pintada de cinza. As janelas eram de vidro e era possível enxergar as cortinas azuis em seu interior. Os dois saíram do automóvel e caminharam em direção ao apartamento. Ren já estava com as chaves na mão e rapidamente adentraram pela porta da frente. 

- É a primeira vez que entro nesse lugar, Yashiro que o alugou para mim! –disse Ren, passando os olhos por toda a sala. 

-Comparado com sua casa, ele é bem pequeno, não é? - perguntou Kyoko, observando os móveis baratos e um pequeno lustre no teto. 

-Sim... 

Ren olhou seu relógio de pulso e viu que já eram quase dez e meia da noite. 

-Mogami-san, se você vai cozinhar, é melhor irmos comprar alguma coisa logo! 

-Tudo bem, eu vi uma loja de conveniência ao lado desse apartamento, vou comprar os ingredientes lá e você fica aqui preparando a cozinha! 

Kyoko foi até a loja rapidamente e comprou tudo o que precisava para fazer Sukiyaki, uma comida que levava carne, verduras e pasta de soja em seu preparo. Quando voltou ao apartamento, Ren já havia tirado as panelas do armário e limpado o balcão que estava empoeirado. 

-O que vai fazer? – perguntou o rapaz, enquanto ajustava o fogão. 

-Sukiyaki. - respondeu a garota, balançando a sacola com os ingredientes. –Você gosta? 

-Hum... Sim... Aceita ajuda? –perguntou sorrindo. 

-Não precisa se incomodar, pode ir descansar enquanto eu preparo tudo... 

-Não vou descansar enquanto você cozinha, seria muito indelicado da minha parte, vou te ajudar! 

-É melhor não... 

-Por que não? 

-Tsuruga-san, você não sabe cozinhar... 

-O quê? Como se atreve! –disse o rapaz num tom zombeteiro, cruzando os braços e fingindo estar irritado. Depois, alargou ainda mais o sorriso. 

Kyoko ficou corada e o rapaz aproveitou o momento para roubar a sacola dos ingredientes de suas mãos. 

-Tsuruga-san! Devolva-me! –ordenou a garota, tentando alcançar a sacola e tirá-la das mãos de Ren. 

-Não até você me deixar ajudá-la! 

-Tsuruga-san! 

-Vai me deixar ajudá-la, sim ou não? 

-É melhor você ficar esperando fora da cozinha! 

-Não seja má, olha só, eu posso ajuda-la a não sujar o seu vestido, tenho certeza de que ele deve ter sido alugado, não é? 

Ao ouvir essas palavras, Kyoko parece que se dá conta de algo, fica chocada e perde a voz por alguns segundos. Logo em seguida solta um berro: 

-OH NÃO! TSURUGA-SAN! NÃO POSSO COZINHAR COM ESSE VESTIDO! SE EU SUJÁ-LO, MOKO-SAN VAI ME ENGOLIR VIVA! 

-Não se preocupe... Eu vi alguns aventais dentro da gaveta daquele armário! – disse Ren, apontando para um armário branco com maçanetas douradas que ficava em frente ao fogão. 

Kyoko atravessou a cozinha para pegar o avental, porém, Ren foi mais rápido e chegou primeiro ao armário, impedindo que a garota abrisse a gaveta. 

-Só deixo você pegar o avental se me deixar ajudá-la! 

-Desde quando você é tão teimoso? –perguntou Kyoko, aborrecida. 

-Por favor... –insistiu o rapaz, com um olhar de cãozinho abandonado. 

-Tsuruga-san... Tudo bem, eu desisto, pode me ajudar! 

Ren se afastou um pouco do armário e sorriu. A garota abriu a gaveta e tirou dois aventais, um rosa e outro azul. 


Continua...




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