quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Recomendação de série: The Handmaid's Tale

Olá pessoal! Como vão?

Então, hoje trago para vocês não uma recomendação de dorama ou de anime, mas uma recomendação de série! Na verdade, eu queria fazer uma resenha completa, mas como a série ainda não foi finalizada e eu estava muito ansiosa pra falar dela, resolvi que faria uma recomendação aqui no blog, destacando os pontos fortes dessa obra.




AVISO: Essa série não é recomendada para menores de 18 anos.



Sinopse:

Em um futuro próximo, as taxas de fertilidade caem em todo o mundo por conta da poluição e de doenças sexualmente transmissíveis. Em meio ao caos, o governo totalitário da República de Gileade, uma teonomia cristã, domina o que um dia foi o território dos Estados Unidos, em meio a uma guerra civil ainda em curso. A sociedade é organizada por líderes sedentos por poder ao longo de um regime novo, militarizado, hierárquico e fanático, com novas castas sociais, nas quais as mulheres são brutalmente subjugadas e, por lei, não têm permissão para trabalhar, possuir propriedades, controlar dinheiro ou até mesmo ler. A infertilidade mundial resultou no recrutamento das poucas mulheres fecundas remanescentes em Gileade, chamadas de "servas" (Handmaid), de acordo com uma interpretação extremista dos contos bíblicos. Elas são designadas para as casas da elite governante, onde devem se submeter a estupros ritualizados com seus mestres masculinos para engravidar e ter filhos para aqueles homens e suas respectivas esposas.

June Osborne, renomeada como Offred (De Fred), é a serva atribuída à casa do Comandante Fred Waterford e de sua esposa Serena Joy Waterford. Ela está sujeita às regras mais rigorosas e uma vigilância constante; uma palavra ou ação imprópria de sua parte pode levar a sua execução. Offred, que tem o nome de seu mestre masculino assim como todas as Handmaids, pode se lembrar do "tempo de antes", quando era casada, com uma filha e tinha seu próprio nome e identidade, mas tudo o que ela pode fazer com segurança agora é seguir as regras de Gileade na esperança de que algum dia possa viver livre e se reunir com sua filha novamente. Os Waterfords, principais atores no surgimento da República de Gileade, têm seus próprios conflitos com as realidades da sociedade que ajudaram a criar. (fonte: Wikipédia)


Bom, pessoal, acho que vou começar falando do quanto essa série me chocou. Sim, essa serie me chocou de verdade. The Handmaid's Tale é o tipo de série NÃO recomendada para quem tem estômago ou coração fraco. É uma série violenta e visceral, mas ao mesmo tempo extremamente fascinante. 

Como dito na sinopse, o enredo da série gira em torno de uma mulher, June, que vivia uma vida feliz ao lado de seu esposo e filha, mas de repente teve tudo tirado dela, para servir como um "útero ambulante", uma escrava, numa província bizarra constituída por pessoas de mente doentia, religiosos extremistas que resolveram transformar os EUA numa espécie de condado medieval onde todos os direitos das mulheres foram tirados e agora elas possuem apenas a função de servir seus maridos e gerarem filhos. 


Por causa da infertilidade gerada pela poluição ambiental, cada vez menos crianças nasciam e as que nasciam muitas vezes morriam nos seus primeiros dias. E para resolver esse problema, os extremistas religiosos que passaram a governar o país resolveram criar uma categoria de mulheres chamadas handmaids, elas seriam servas dos maridos e esposas do alto escalão do governo, e seu papel era de gerar filhos no lugar das esposas inférteis. No entanto, como vocês devem estar imaginando, elas não faziam isso por vontade própria. Essas handmaids eram mulheres que viviam suas próprias vidas (algumas até lésbicas), e por serem férteis, foram capturadas e levadas para um "centro de treinamento", onde sofriam lavagem cerebral e torturas constantes para aprenderem a ser as geradoras de filhos. 



Depois de completo o treinamento, a handmaid é levada para a casa de seu "comandante". E lá, durante seus períodos férteis acontece um ritual, onde depois de ler uma passagem bíblica sobre Raquel (a mulher estéril que desejava ter filhos e por isso ofereceu sua serva para ter relações sexuais com seu próprio marido), a handmaid é estuprada pelo comandante diante dos olhos da própria esposa, que não vê outra alternativa além de aceitar e ser cúmplice de tudo isso. 


Bizarro... 

Talvez vocês estejam pensando agora: E que sentido há em assistir esse tipo de coisa repugnante e brutal? 

Digamos que, todas essas polêmicas trazem à tona a verdadeira essência da obra. The Handmaid's Tale é uma série baseada num livro escrito por Margaret Atwood, uma autora canadense. Apesar de não se dizer feminista, Margaret retrata personagens femininas dominadas pelo patriarcado em seu romances. Em suas obras ela mostra a força da mulher mesmo sendo subjugada. Ela coloca em questão também a importância da mulher, e o pertencimento de seu corpo. Para ela, sua ficção é "especulativa", pois mostra algo que poderia sim de fato acontecer, e nos faz refletir a respeito de como a mulher vive no mundo atual. 


Esse feminismo mostrado em Handmaid's Tale é a essência da obra. A força da mulher. E essa força é mostrada de tantas maneiras! 

June, a protagonista, é uma mulher incrível! Aliás, Handmaid's Tale está cheio de mulheres incríveis e inspiradoras! Elas lutam apesar de terem tudo o que amavam tirado delas, elas lutam mesmo que todas as suas forças vitais e esperanças tenham sido dilaceradas! 




Bom, a seguir listei alguns dos meus pontos preferidos da série, confiram:


1 - O romance entre June e Nick 



Bom gente, sendo eu uma romântica sem esperança queria dizer que uma das coisas que eu mais AMO nessa série é o romance entre esses dois! 
A série em si não gira em torno do romance, claro, mas o romance é definitivamente uma das melhores coisas dessa obra! É tanta química, é tanto desejo que deixa a gente sem fôlego! Vocês sabem né, quanto mais perigoso e proibido o romance é, mais interessante ele fica! 






Esses dois não podem ficar juntos, pois June é uma handmaid e ela só pode servir ao seu comandante, e Nick, bom, Nick é o motorista da família e também esconde um segredo. A questão é que se forem pegos juntos, os dois serão mortos e pendurados no muro para servir de exemplo! O romance em si é um "foda-se o sistema, a gente quer ficar junto e vai ficar!"




A cumplicidade que existe entre os dois, a química, a paixão, o desejo, o carinho... É tudo muito lindo de se ver! Além disso, Nick é o grande protetor de June, ele faz tudo por ela! E mesmo ela sendo uma mulher forte, as vezes a mocinha precisa de uma ajudinha né? 




Lembrando que a série em si não prega ódio aos homens, e sim nos traz reflexões a respeito de ideologia, extremismo fanático religioso e o sistema machista estabelecido. 


2 - June, a guerreira! 




Que mulher! Que mulher! 
Queria chamar atenção aqui para a atuação esplêndida de Elisabeth Moss! Que atriz espetacular! As expressões dela são de gelar a espinha! E a personagem que ela interpreta é um furacão! 



A cada episódio a gente vai conhecendo mais a personagem e admirando-a cada vez mais. Não que ela seja perfeita, não que ela seja a mulher maravilha, pelo contrário, ela é humana, ela comete erros, ela luta pelo que ela acredita, ela resiste, ela apenas quer  sair desse inferno e viver a vida por si mesma. 


3 - Serena Joy, do ódio à compaixão 



Essa personagem, que é a esposa do Comandante Fred e vive uma relação complicada com sua handmaid (June), vocês vão odiar, odiar muito! Mas em algum momento vão sentir pena dela também, e logo em seguida vão voltar a odiar. Ela é uma personagem muito complexa. Eu diria que ela é meio doente, por que não é possível que uma mulher tão forte e lutadora como ela tenha se tornado o que se tornou sem ter enlouquecido completamente. E por ser essa personagem complexa, louca e odiável, eu realmente gosto hahahaha 




Ela é perversa, às vezes amável, às vezes um monstro, às vezes uma pessoa que precisa de ajuda. Serena Joy é uma das personagens mais desequilibradas que eu já conheci. 


4 - A luta contra o sistema 



Vale lembrar que apesar de subjugadas e de serem obrigadas a ficaram caladas e submissas, as mulheres de Gilead resistem sim! Não só as mulheres, mas existem grupos que se unem numa resistência contra o sistema, e é muito interessante acompanhar tudo o que acontece e torcer para que juntos eles consigam avançar mais e derrubar pouco a pouco esse novo regime que conquistou o poder a custo de muito sangue inocente derramado. 




Por onde assisti: http://www.fbseries.com/assistir-the-handmaids-tale/

Então pessoal, acho que é isso. Não vou me estender muito mais por que, como eu disse antes, é apenas uma recomendação e não uma resenha. Como essa série ainda terá terceira temporada então espero falar sobre ela futuramente, com mais calma e mais detalhes. De qualquer forma, espero que tenham gostado da recomendação, até mais! 






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