quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Encontro Fatal (parte 3)

Oi gente!
Desculpem o atraso, hoje finalmente irei postar a continuação da fanfic de Skip Beat "Encontro Fatal".
Foi muito divertido escrever essa fanfic, porém, estou seriamente confusa sobre o que fazer na parte 4 (na verdade, ainda não tenho a mínima ideia do que fazer!). Bom, mas até lá, talvez eu me decida rsrs Enquanto isso, aproveitem a terceira parte de Encontro Fatal...


Disclaimer: Os personagens, cenários, enredos e situações familiares referidos são de Skip-Beat!, mangá de autoria de Yoshiki Nakamura. Essa história não possui fins lucrativos.

Parte 3


-Seu nome, por favor?
A recepcionista do restaurante perguntava pela terceira vez. Kyoko permanecia imóvel e não dizia uma única palavra. Para a linda garota que estava ali, de frente ao enorme balcão que refletia seu vestido vermelho numa cor ainda mais cintilante, as quatro palavras proferidas por aquela mulher de cabelos ruivos era simplesmente uma acusação de que ela não usaria seu nome verdadeiro.
-Você está bem, senhorita? Posso lhe ajudar em alguma coisa? Se você não tiver feito uma reserva...
Kyoko imediatamente sai de seu transe causado pelo nervosismo. Reserva. Sim, Tsuruga-san havia feito uma reserva, e se ela não agisse como o planejado, tudo estaria perdido, provavelmente seria descoberta, ou expulsa, ou pior: amargaria a fúria de Tsuruga Ren por não ter se encontrado com ele.
-Catherine, meu nome é Catherine... E desculpe pelo incômodo, estava tentando me lembrar de algo relacionado ao meu trabalho, por isso acabei me distraindo.
-Sem problemas, vamos ver... Aqui! Achei sua reserva! Nossa! Você está acompanhada do famoso Tsuruga Ren?
O estômago de Kyoko se revirou de um lado para outro. Sentia náuseas. Estava imaginando o momento em que não aguentaria mais toda aquela pressão e contaria tudo para a recepcionista, todos os que estivessem próximos do balcão acabariam ouvindo tudo também. Porém, a garota tomou fôlego e disse:
-Sim, estarei acompanhada do famoso Tsuruga Ren, isso não é incrível?-um sorriso falso apareceu em seu rosto.
-É sim, pode apostar que sim! Praticamente todas as mulheres do Japão ficariam morrendo de inveja de você! E além do mais, você elimina toda a concorrência com a sua beleza! –disse a recepcionista, totalmente admirada com a mulher que estava em sua frente.
-Obrigada. –agradeceu Kyoko, envergonhada.
-Desculpe-me pela indiscrição, mas vocês são namorados?
O coração de Kyoko quase sai pela boca. Enquanto os garçons passavam de um lado para outro naquele ambiente iluminado por lustres de cristal, a recepcionista percebeu o seu nervosismo, resolveu voltar atrás e pediu desculpas pela pergunta indiscreta, completou dizendo que a garota não precisava responder se não quisesse. Kyoko se afastou lentamente do balcão e caminhou por entre as mesas cobertas com toalhas brancas e enfeites de rosas, viu muitas garrafas de Champanhe e diversas carnes. O cheiro estava ótimo. Procurou por Tsuruga-san. Em poucos segundos logo o encontrou. Lá estava ele, sentado na cadeira de almofadas de veludo, esperando sua companhia chegar com uma expressão impassível no rosto. Como gostaria de saber o que ele estava pensando naquele momento. De repente, seus olhos se encontraram, a garota percebeu que aqueles olhos não se pareciam com os olhos do verdadeiro Tsuruga Ren. Kyoko se aproximou da mesa, e ele, como um verdadeiro cavalheiro, levantou-se e puxou a outra cadeira para que a garota sentasse nela.
-Vi você conversando com a recepcionista, aconteceu alguma coisa? Ela desconfiou de algo?
-Não... Ela só estava curiosa a respeito de nós dois...
-E o que você disse?
-Nada! Eu não disse nada!
-Não se preocupe, mesmo que tivesse dito, há um pouco de verdade nisso, não é?
Kyoko se sentiu confusa e amedrontada. Um pouco de verdade? O que isso queria dizer? A jovem olhou para os lados e viu que algumas pessoas nas mesas vizinhas os observavam.
-Não precisa ficar preocupada, eles podem nos observar, mas não podem nos ouvir, e mesmo que haja um paparazzi infiltrado em uma dessas mesas, ninguém vai reconhecê-la!
-De qualquer forma, me chame de Catherine!
-Tudo bem, se você se sente mais segura assim...
Os dois permaneceram calados por algum tempo. Ren insistia em olhá-la no fundo dos olhos, mas a garota desviava o olhar e encarava a mesa vazia. Por um momento, pensou em retomar a pergunta que fez à Tsuruga-san pelo telefone, mas quando resolveu abrir a boca, o Maitre do restaurante se aproximou trazendo dois cardápios.
-Estamos muito honrados em recebê-los aqui, espero que estejam apreciando o ambiente e os nossos serviços!
-Sim, é claro, não é toa que o restaurante Aragawa é considerado o melhor do país. –disse Ren, com um brilho estranho no olhar. –Como sempre, tudo nos conformes...
Kyoko percebeu que Ren estava muito diferente. Aquele olhar penetrante e o sorriso debochado no rosto, às vezes lhe fazia lembrar uma criança travessa, orgulhosa e satisfeita de estar naquele lugar, como se interiormente ele estivesse dizendo: Eu ganhei, você não pode me dizer não!
Quando o Maitre se retirou, a garota imediatamente moveu seus lábios vermelhos:
-Tsuruga-san, que tipo de jogo é esse?
Ren arregalou os olhos. Resplandecia uma expressão séria e ao mesmo tempo confusa em sua face.
-Jogo? Como assim? Não entendo o que você está querendo dizer...
-Uma brincadeira, é isso que está fazendo, não é? Está atuando, só pode ser isso!
-Não estou atuando...
-Está sim, e isso é um teste! Você está querendo que eu atue também? Por acaso não estou me saindo bem atuando como Setsu? Preciso melhorar?
Ren coloca uma das mãos na testa e parece preocupado.
-Mogam... Quer dizer, Catherine, você está entendendo tudo errado! Não tem nada a ver com trabalho...
-Mas quando você falou com o Maitre, estava atuando, não era?
-Hã? O que a faz pensar que naquele momento eu estava atuando?
-Suas palavras, você falou de um jeito tão sarcástico, como se não gostasse daqui e ao mesmo tempo estivesse satisfeito, como se tivesse ganhado uma aposta ou coisa parecida...
-Eu... Fui sarcástico? –Ren se mostra impressionado com a percepção da garota.
-Foi sim! Não percebeu?
Ren balança a cabeça fazendo um sinal negativo. Kyoko fica surpresa. O que será que está acontecendo com Tsuruga-san? Ele não tem consciência do que faz?
Um dos garçons se aproxima para anotar os pedidos. Como a especialidade do restaurante era carne, Ren pediu um bife com mostarda. Champanhe para acompanhar o belo prato. Kyoko resolveu pedir o mesmo. O garçom se afastou e Ren o observou entrando na cozinha para pegar os pratos solicitados.
-Eu já vim aqui com os meus pais quando era pequeno, nós sempre pedíamos bife com mostarda...
-Verdade? Essa é a primeira vez que você me fala algo sobre sua família! –exclama Kyoko, enquanto se dá conta de que Ren não é uma pessoa que gosta de falar de sua vida pessoal. 
-Naquela época eu era tão ingênuo... –continua o rapaz, com um olhar triste.
-Você mesmo acabou de dizer que ainda era uma criança, não era? Crianças são doces e ingênuas!
-Não estou me referindo à ingenuidade de uma criança, mas sim que naquela época eu não sabia que...
Ren para de falar e mantém seu olhar distante, como se tivesse recordado de algo que não queria lembrar. Seu semblante ficou ainda mais triste e sofrido.
-Tsuruga-san?
-Catherine, sinto muito, mas será que podemos mudar de assunto? Sei que estou sendo indelicado, até porque fui eu mesmo que comecei com essa história, mas peço a você que me perdoe por isso...
-Tsuruga-san, você está bem?
Ren coloca as mãos no rosto e esconde sua expressão pesarosa. Suspira profundamente.
-Tsuruga-san, se você não estiver se sentindo bem podemos marcar o jantar para outro dia, eu juro que não vou fugir! Talvez você esteja cansado hoje ou não queira comer o bife com mostarda, sei muito bem dos seus problemas com comida...
-Por favor, não se preocupe, eu vou ficar bem...
-Mas Tsuruga-san... Eu...
-Posso te pedir um favor? –pergunta Ren, com os olhos mais brilhantes que o normal. -Fique perto de mim, nunca saia de perto de mim! –fala de um jeito desesperado.
-O quê? Tsuruga-san... Não estou entendendo... O que há de errado?
-Nada... Estou bem! – afirma sorrindo. -Sobre a pergunta que você me fez ontem pelo telefone, a minha resposta é... Sim... Você é muito especial, e nem sabe o quanto significa para mim que esteja aqui, ter aceitado vir a este lugar comigo, mesmo correndo tantos riscos na sua carreira, você veio, e se veio é porque também sente algo por mim, não é? Não pode ser simplesmente o respeito que uma kohai tem pelo seu senpai...
Kyoko não pôde conter sua respiração. Estava tão chocada com tudo o que Tsuruga-san havia dito que não sabia nem mais em que planeta se encontrava. Não era possível que fosse o verdadeiro Tsuruga Ren a dizer todas aquelas palavras. Não. Não era possível que ele estivesse se referindo a... Amor? A garota ficou estática por alguns segundos, depois, levantou-se rapidamente da cadeira e saiu caminhando apressada. O desespero de Ren era completamente perceptível. E agora? Será que Kyoko vai desprezá-lo para sempre?As pessoas ao redor observavam espantadas toda aquela cena dramática. Ren resolveu correr atrás da jovem, porém, antes de alcançá-la, quase gritou pelo seu nome:
-Kyok...
A garota se desesperou e olhou para trás, sabia que naquele momento sua verdadeira identidade seria revelada. Ren percebeu o que estava prestes a fazer e não completou o nome, apenas fechou a boca antes que o estrago fosse maior. Kyoko se virou tão bruscamente que acabou esbarrando no garçom, que tropeçou com a bandeja nas mãos. Era o mesmo garçom que tinha ido buscar os dois pratos de bife com mostarda. Por um momento, a jovem reviveu a cena de seu pesadelo, pois aquele garçom, para se salvar da queda, tentou se agarrar em algo, e estava prestes a arrancar a peruca da garota. Porém, antes do pior acontecer, Kyoko foi salva. Uma das mãos segurou sua cintura, e a outra, afagou os seus cabelos, afastando-os do perigo de serem arrancados. Ren tinha conseguido alcançar Kyoko. Conseguiu salvá-la de um escândalo. O garçom caiu e derrubou a bandeja no chão. O barulho dos pratos, talheres e garrafas se quebrando chamou a atenção do resto das pessoas que se encontravam nas mesas mais afastadas.
Os paparazzi finalmente se revelaram. Tudo o que se conseguia ouvir naquele momento eram os flashes das máquinas fotográficas. As imagens registravam um garçom caído de cara no chão, muita comida esparramada e o que mais chamava a atenção era a figura de um ator famoso, Tsuruga Ren, abraçando uma garota desconhecida, de cabelos compridos e vestido vermelho, não tinham a menor dúvida de que era estonteantemente linda. Mas quem era? Poderia ser estrangeira?
Ren percebeu todo o alvoroço que tinham provocado e resolveu tomar medidas drásticas. Puxou Kyoko pelo braço e os dois saíram correndo em direção à saída do restaurante. Estavam sob uma chuva de flashes. Kyoko tentava esconder o rosto com sua mão livre.
-De onde vieram todas essas câmeras?
-Eles sempre ficam aqui, esperando que algum famoso cometa uma garfe!
-E os donos do restaurante permitem que eles se infiltrem entre os clientes?
-Eles pagam por isso, pagam muito dinheiro para ficar aqui!
-Malditos!
-Acho que eles não a reconheceram...
-Como pode ter certeza disso?
-Não sei, mas se eles tivessem lhe reconhecido, teriam chamado pelo seu nome, mas não o fizeram!
-Espero que você esteja certo...
Ren e Kyoko foram perseguidos até o estacionamento do restaurante, onde finalmente conseguiram entrar no carro e saíram daquele lugar em alta velocidade.

Continua...


2 comentários:

  1. Ahh, finalmente! \o/
    Ficou incrível! Eu amei! Confesso que no começo fiquei meio insegura, pensei que a fic estava indo rápido demais... mas agora acho que assim é melhor, o mangá já é tão lento...
    Escreva acontinuação logo, por favor! Se quer uma sugestão pro próximo capítulo, bem... eles ainda não comeram nada, então que tal a Kyoko cozinheira entrar em ação?
    Até a próxima, e continue com o ótimo trabalho!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada,fico muito contente que tenha gostado!
      Adorei sua sugestão, com certeza irei usa-la no próximo capítulo.

      Excluir